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Educação, um parente pobre

Sebastião Vemba
6/12/2019
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Foto:
Carlos Aguiar

A educação continua a ser, em Angola, um parente pobre.

Além do parco orçamento que vem sendo cabimentado para este sector, percebe-se, ainda que seja a partir da bancada dos espectadores, que o núcleo de gestores de topo do sector carece de especialistas com longo percurso e resultados comprovados na área do ensino e investigação. E mais importante, o status quo, manchado pela falta de qualidade do ensino que, por sua vez, resulta de vários outros problemas estruturais.

A nova ministra da Educação, Ana Tuavanje Elias, terá consciência da “batata quente” que tem nas suas mãos e por isso, aquando da tomada de posse, elegeu a qualidade do ensino como a sua principal prioridade, reconhecendo que o sector da Educação é “fundamental, mas que está numa situação crítica. Para a gestora, “há muitos desafios” ao nível da educação, que requer em o seu  “emprenho e atenção”. Confesso, no entanto, que não fiquei convencido com o que ouvi da ministra Ana Tuavanje Elias, de de quem nunca antes tinha ouvido falar, e por isso fui pesquisar sobre a gestora. No Google, a primeira opção de consulta remeteu-me para o Portal do Governo de Angola (https://www.governo.gov.ao/VerSitese.aspx?Ministro=1810) onde a síntese biográfica da senhora ministra se resume ao seu nome.

Gostava de perceber o percurso académico-científico da nova gestora da Educação em Angola, não por duvidar das suas competências ou da lucidez de quem a indicou para o cargo, mas para perceber o caminho que o sector da Educação, tão transversal e fundamental para o desenvolvimento do país, seguirá. Isto porque, até aqui, andámos à deriva, daí que, após quase 15 anos de Reforma Educativa, através da antiga titular  do cargo, o Governo admitiu que a mono docência do ensino primário (da 1.ª à 6.ª classes), veementemente protestada pelos professores e outros especialistas, “foi um erro”.

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