3
1
PATROCINADO

Empresário defende revisão dos termos contratuais no sector

Cláudio Gomes
21/12/2021
1
2
Foto:
Arquivo

O Ceo da Cabship defendeu a revisão dos termos contratuais e a criação de outros instrumentos jurídicos para apoiar empresas indígenas locais do sector dos petróleos.

Em entrevista à Economia & Mercado, João Filipe disse, recentemente, em Luanda, que é preciso outros instrumentos para apoiar a implementação eficaz do Decreto Presidencial nº 271/20, de 20 de Outubro sobre Conteúdo Local, pois, ao seu ver, só o Decreto-lei “não basta”, para alcançar o desiderato.

“Recomendamos a revisão dos termos contratuais. Refiro-me ao tempo de contracto”, frisou, afirmando que actualmente, “os contractos tem três anos fixos, e em alguns casos com possíveis extensões de 1+1”. “Propomos que seja entre cinco a sete anos, para que as empresas angolanas estejam em melhores condições para fazer investimentos de relevo para o sector”, assinalou o empresário.

Lamentou, por outro lado, a morosidade no acto de pagamento pelos serviços prestados no sector. “São 90 dias. Será que é mesmo necessário esse tempo? Ou é efeito de alguma consequência?”, questionou João Filipe. Deste modo, sublinhou, será difícil impulsionar as empresas indígenas angolanas caso a letargia nos pagamentos se mantenha. “Nesta situação, as empresas angolanas frágil que já estão, são obrigadas a financiar as multinacionais”, afirmou o empresário que investe em Cabinda, Zaire e Luanda.

O empresário reagia ao workshop promovido pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) e da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), que debateu, na sexta-feira, 17 de Dezembro, o tema: “Conteúdo Local, para o Fortalecimento do Empresariado Angolano”.

Na entrevista, o empresário encorajou os promotores do “petrofund” (fundo de petrolífero) a seguir adiante com o plano que serviria para financiar e potenciar as empresas locais. Instou, por outro lado, o MIREMPET e ANPG a continuar a dialogar com a classe empresarial do sector tendo em vista uma maior proximidade com os operadores económicos.

João Filipe considerou, ainda, ser importante que as empresas operadoras do sector petrolífero promovam feiras de negócios no sector do petróleo e gás, de modos a estimular a partilhar de conhecimento e viabilizar oportunidades concretas para os próximos cinco anos.

A Cabinda Shipping Services, Lda (CABSHIP) foi fundada no dia 6 Abril de 2009, investe nos sectores dos serviços, educação, hotelaria, agricultura, imobiliária e private equity e conta, actualmente, com 400 colaboradores.

A curto-prazo, a Cabship continuará a oferecer soluções às empresas do sector extractivo, construção, energia e saúde, na gestão integrada de inventários, visando optimizar custos. A médio-prazo, pretende fortalecer a sua presença no segmento de offshore marine support (barcos, sondas) e, a longo-prazo, augura construir um parque logístico.