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Empresários encerram 2022 mais optimistas sobre a perspectiva da economia

Joaquina Dungue
6/3/2023
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Foto:
DR

Os empresários e gestores mostraram-se optimistas quanto à perspectiva da economia no curto prazo, depois de mais de seis anos no vermelho, revela o Indicador de Conjuntura Económica às Empresas.

De acordo com o Indicador de Conjuntura Económica às Empresas (ICEE), do quarto trimestre de 2022, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a confiança dos empresários registou o valor mais alto dos últimos oito anos, confirmando que o clima de negócio no País é favorável.

Dos resultados obtidos no exercício em análise, constatou-se que o Indicador de Clima Económico (ICE) contrariou a tendência descendente do trimestre anterior, ao evoluir positivamente face ao período homólogo, permanendo acima da média da série.

O indicador subiu para 13 pontos, um aumento de sete em comparação com o trimestre passado. Há cada vez menos empresários com respostas negativas em relação à evolução da economia, pelo que agora há mais empresários optimistas em relação aos pessimistas.

O ICE mede a confiança dos gestores e empresários abrangidos pelo inquérito de Conjuntura Económica às Empresas, designadamente a indústria extractiva, indústria transformadora, construção, comércio, comunicação, turismo e os transportes.

Construtoras estão menos pessimista

O ICE no sector da construção fixou-se nos 4 pontos negativos, isto é os empresários que tinham perspectivas negativas sobre a evolução da economia no curto prazo excediam os que tinham perspectivas positivas em 4 pontos percentuais, no quarto trimestre de 2022, como se pôde compreender nos dados do relatório.

Os empresários deste sector, continuam optimistas quanto às actividades, pois o Indicador de Confiança manteve a tendência ascendente do trimestre anterior, evoluiu positivamente em relação ao período homólogo, permaneceu acima da média da série, mas ainda assim, a Conjuntura Económica continuou desfavorável para as empresas construtoras.

A evolução do indicador, em relação ao trimestre homólogo, resultou do comportamento positivo de todas as variáveis que o compõem.  

Ainda no período em referência, as obras públicas representaram aproximadamente 63%, quando comparado com o período homólogo. Notou-se uma diferença de 11,7 pontos percentuais.

As dificuldades na obtenção de créditos bancários, o nível elevado das taxas de juros e a falta de materiais, foram os principais constrangimentos no sector. A insuficiência da procura e a deterioração das perspectivas de venda também constrangeram as empresas construtoras.

Turismo apresenta o valor mais alto desde o início da série

O ICE no sector do turismo fixou-se nos 26,2 pontos no quarto trimestre de 2022, o valor mais alto desde que o indicador começou a ser calculado no primeiro trimestre de 2011.

Segundo dados do INE, o indicador entrou em terreno negativo no segundo trimestre de 2011, saiu no terceiro trimestre de 2013 e voltou a mergulhar no vermelho no segundo trimestre de 2015 e bateu no fundo com menos 55 pontos no primeiro trimestre de 2016.

O turismo foi um dos sectores mais afectados pelas medidas impostas para conter a propagação da COVID-19. O levantamento da cerca sanitária, bem como o alívio das medidas adoptadas contribuíram para o optimismo nos empresários do sector.

O indicador registou a saída em terreno negativo no primeiro trimestre de 2022 quando se fixou nos 9,4 pontos, onde esteve desde o segundo trimestre de 2015.

No período em análise, indica, observou-se uma evolução positiva do indicador em relação ao período homólogo, resultante do comportamento favorável de todas as variáveis que o compõem.