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Endiama e Al Rosa compram 16,4% da Wargan na Sociedade Mineira de Catoca

Redacção_E&M
8/11/2021
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Foto:
DR

Com a compra dos 16,4% das participações da Wargan na Sociedade Mineira de Catoca, a Endiama e a empresa russa de diamantes (Al Rosa) subiram a sua posição para 41%, noticiou a Lusa.

Numa nota citada pela agência portuguesa de notícias, a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) informa que a empresa LL International mantém a sua participação de 18% na Sociedade Mineira de Catoca.

De acordo com a Lusa, que cita o documento da Endiama, o processo de aquisição de participações da Wargan foi anunciado em 21 de Janeiro deste ano pela administradora para a Geologia e Desenvolvimento Mineiro da Endiama, Ana Feijó.

Na altura, escreve a agência portuguesa de notícias, Ana Feijó referiu que foram pagos na totalidade à Wargan cerca de 70 milhões de dólares com capitais próprios da empresa.

“O objectivo principal dessas ações é de reforçar o papel da Endiama, de uma empresa operadora. Deixaremos de ser concessionários e passaremos a ser uma empresa que não será só de gestão de participações, mas sim assumir o seu papel fundamental, o seu ‘core business’, que é de prospecção, produção, tratamento do minério, lapidação e comercialização”, Ana Feijó.

Salientou, de acordo com a agência de notícias, que estas ações vão promover o aumento da produção, uma maior rentabilidade, o aumento de receitas e, consequentemente, a melhoria da vida dos trabalhadores.

Há três anos, refere a Lusa, o Presidente da República, João Lourenço, promulgou o negócio da venda da participação de 16,4% da Odebrecht envolvida no escândalo de corrupção no Brasil na Sociedade Mineira de Catoca, que explora a quarta maior mina de diamantes a céu aberto do mundo.

O negócio tinha sido acordado pelos sócios da mina no leste de Angola em agosto de 2017 e foi promulgado por decreto presidencial em 04 de janeiro de 2018.

O documento referia que a participação do grupo brasileiro, através da sua sucursal na Alemanha, a Odebrecht Mining Services Investiments GmbH, era alienada a favor da empresa Wargan Holdings, que por sua vez é detida a 100% pelos russos da Al Rosa PJSC, que operam em Catoca.

O decreto definia ainda que a Wargan Holding alienava a mesma participação de 16,4% à Al Rosa e à Endiama, “de acordo com os termos de compromisso específicos acordados para o efeito” em partes iguais de 8,2%.

Com o negócio, a Sociedade Mineira de Catoca passou a contar com uma estrutura acionista liderada pela Al Rosa e pela Endiama, ambas com uma participação de 41%, mantendo os chineses da LL International Holding BV 18%.

No decreto presidencial de 04 de janeiro de 2018, era referido que a Odebrecht Angola “cumpriu integralmente o propósito definido de levar a Sociedade Mineira de Catoca Limitada em conjunto com a Endiama EP e os demais acionistas à maturidade operacional”, mas que “manifestou a intenção de alienar a sua quota” para “concentrar-se nos seus projetos de infraestruturas”.

A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) e a diamantífera russa Al Rosa oficializaram a aquisição dos 16,4% de participações da Wargan na Sociedade Mineira de Catoca, subindo ambas a sua posição para 41%, foi hoje anunciado.