Segundo o administrador da empresa pública, não se trata de “problemas de atraso de salários”, mas de problemas relacionados com empresas que funcionavam nos diferentes domínios do sector, e que “encerram” as suas actividades com o eclodir das crises económicas.
Aos jornalistas que participaram na cerminonia de apresentação da 1ª Primeira Conferência Internacional de Diamantes de Angola (AIDC), promovida pelo Ministério dos Recursos Mineiras, Petróleo e Gás, o PCA da Endiama disse que o probelma decorre dos anos de 1992 e envolvem dois grupos de ex-trabalhadores mineiros, sendo um da região do Cuango, com cerca de três a 3.500 pessoas e o outro do projecto mineiro do Lucapa, Fucauma, que de acordo com o gestor, não são trabalhadores da Endiama.
O gestor disse também que a empresa tem estado “a resolver” o assunto junto dos representantes legais dos reclamantes, da Inspecção Geral do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, bem como do Ministério do Emprego e Segurança Social, tanto é que já desembolsou cerca de 20 milhões de dólares aplicados na regularização da situação.
“A primeira questão, sobre as indemnizações, já encontramos resolvidas. A segunda, relacionada com a integração no sistema de segurança social, que na altura não estava ainda resolvida, já a resolvemos”, garantiu, realçando que a empresa pagou as prestações de todos os trabalhadores.
De a cordo com o administrador da Endiama, a solução encontrada pelas administrações anteriores foi a de fixar uma indemnização financeira que já “foi paga em salários” e outros benefícios. "A autra responsabilidade que a Endiama assumiu foi o de integrar os trabalhadores no sistema nacional de segurança social", disse.
José Manuel Ganga Júnior lamenta, por isso, as "reclamações sobre a necessidade de se voltar abrir as negociações com a solicitação de mais salários”.
“O que recomendamos é que se os trabalhadores não estão satisfeitos, se acham que alguma coisa não está certa, uma vez que do nosso lado pensamos que está ultrapassado, pensamos que só a justiça é que pode e deve naturalmente resolver definitivamente”, afirmou o PCA da Endiama, destacando que o processo tem sido acompanhado quer pela Inspecção Geral do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, como do Ministério do Emprego e Segurança Social.