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ENSA seguros vai desfazer-se de clínicas e negócios mobiliários

José Zangui
5/5/2021
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Foto:
Carlos Aguiar

Administração da ENSA anunciou, em Luanda, que a partir deste ano, vai deixar de gerir clínicas e o património mobiliário, passando estes activos para empresas especializadas, que saibam melhor gerir.

Administração da ENSA anunciou, em Luanda, que a partir deste ano, vai deixar de gerir clínicas e o património mobiliário, passando estes activos para empresas especializadas, que saibam melhor gerir.

A seguradora Angolana com 37%, da quota do mercado, garantiu, em resposta a uma pergunta colocada pela revista Economia&Mercado, que a administração da empresa  que tomou posse,  em 2019, regularizou em 2020, todas as dívidas que tinha com os fornecedores de serviços, clínicas e farmácias que rondavam 12 mil milhões de kwanzas.

De acordo com Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa, Carlos Duarte, “a situação que criava constrangimentos aos clientes está ultrapassada”, porém, sublinhou, como em todas empresas, há ainda dívidas, não atrasadas, mas do ciclo normal”.

Carlos Duarte, anunciou para este ano que a ENSA vai deixar de gerir clínicas e o património mobiliário, passando estes activos para empresas especializadas, que saibam melhor gerir. A seguradora, segundo o Presidente do Conselho de Administração, vai focar-se naquilo que é o seu negócio nuclear.

Este processo de alteração no modelo de negócio que deve começar ainda este ano, não vai afectar os empregos. “Não vai haver despedimentos em nenhum dos processos, mas sim, transferência nalguns casos, porque o estudo que garante a manutenção da mão-de-obra está feito”, assegurou. Mais, a ENSA vai reduzir a sua estrutura orgânica de 24 para 15 direcções.

Em 2020, o resultado líquido da companhia atingiu 17,7 mil milhões de Kwanzas e o volume de prémios brutos cresceu 33% para 84,6 mil milhões de kwanzas, o que representa uma quota de 37% de mercado em Angola.  Já os activos da empresa, estiveram próximo dos 200 mil milhões de kwanzas.

A empresa melhorou também a sua performance em termos de prestação decontas. Em 2019, o auditor aprovou as contas com oito reservas, já em 2020, ficou apenas uma reserva, a rubrica “Contas com Terceiros”, que na visão do auditor não estava clara.

Durante a conferência de imprensa, Carlos Duarte, “fugiu” as perguntas dos jornalistas sobre o processo de alienação da empresa em curso, disse tratar-se de uma decisão política e que como gestor, tem de seguir. Entretanto, está em curso.