Uma equipa multidisciplinar constituída por especialistas do Ministério do Interior, do Porto de Luanda e da Sécil-Marítima está a trabalhar desde as primeiras horas de sábado, 8, de Abril, para avaliar as causas do acidente, calcular os danos materiais e determinar as medidas a serem tomadas para a recuperação da parte do terminal que foi afectada.
O despiste de uma viatura ligeira na Avenida 4 de Fevereiro, em Luanda, por volta das 21h30 daquele dia, colocou em chamas o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Luanda.
As chamas começaram na viatura acidentada e em pouco tempo alcançaram parte da zona de concentração de passageiros do referido terminal.
Em consequência do incêndio, a equipa do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, destacada no Porto de Luanda, mobilizou meios e homens que prontamente controlaram as chamas, evitando que houvesse perdas devidas humanas e de materiais essenciais à continuidade das actividades desenvolvidas naquele terminal.
Neste momento a situação está controlada e as equipas de trabalho de turno, bem como os bens necessários para garantir a operacionalidade do terminal fora de perigo.
Note-se que, o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Luanda ocupa uma área total de 4.158,76 metros quadrados, onde são prestados serviços de comércio, lojas, restauração, além de todo o processo relacionado com o embarque e desembarque de passageiros da ligação Luanda, Soyo, Cabinda e vice-versa. O incêndio consumiu apenas uma área de 430 metros quadrados, afectando os serviços de bilhética, um café/bar, uma copa e instalações sanitárias.
No entanto, os quatro ocupantes da viatura acidentada sobreviveram, estando a sua situação a ser acompanhada pelos órgãos de especialidade afectos ao Ministério do Interior, depois de terem recebido os devidos cuidados de saúde.
Refira-se ainda que, o Porto de Luanda, tem a sua actividade enquadrada no segmento de transporte, logística, cadeia de suprimentos e armazenamento. É tida como a maior plataforma logística de Angola e a principal porta de entrada e saída de mercadorias do país. Conta com um Terminal de Passageiros (em concurso público para se achar uma gestão privada), um Terminal de Carga Geral, um Terminal Polivalente, um Terminal de Contentores, uma Base de Apoio à Actividade Petrolífera, um Terminal Multiusos e um Terminal de Combustíveis. O seu modelo de gestão é o Land Lord Port, em que a operação dos terminais é controlada por entes privados, fiscalizados e regulados pela administração portuária, personificada pela Empresa Portuária de Luanda –Empresa Pública, que existe há 77 anos.
