A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse, ontem, quinta-feira, 18, em conferência de imprensa, que o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro irá receber voos sob regras excepcionais de biossegurança para os passageiros.
“Ainda continuamos em cerca sanitária nacional devido à Covid-19, e somente abertos a voos para ajudas, trazendo técnicos especializados e materiais de biossegurança. Nada de voos para passeios", desaconselhou a dirigente, explicando que os voos serão apenas para repatriamento de angolanos e de estrangeiros para Angola.
A responsável esclareceu, de acordo com a Angop, que de momento os voos comerciais estão fora de questão, dependendo da disponibilidade e abertura dos demais países com os quais Angola tem acordo no domínio da aviação ou sobre partilha do espaço aéreo.
Segundo Sílvia Lutucuta, que proferia a actualização dos dados sobre a pandemia no país, ao contrário do dia 30, esse processo pode iniciar na próxima semana, abrangendo, numa primeira fase, os países vizinhos, mas mediante as condições e capacidade dos centros de quarentena.
Ainda em relação ao repatriamento de cidadãos, a responsável da pasta da Saúde e também porta-voz da Comissão Multissectorial para a Prevenção e Combate à Covid-19, referiu que todos os angolanos repatriados nesse período de Estado de Calamidade deverão cumprir a Quarentena Institucional Obrigatória, nos centros de referência para o efeito, por pelo menos sete dias, para, desta forma, travar-se a cadeia de transmissão.
Neste sentido, a dirigente lembrou a opinião pública a experiência vivida aquando da chegada dos casos dos angolanos provenientes recentemente de Portugal e da Rússia, bem como dos médicos cubanos, que observaram essas medidas e se submeteram a exames sobre a doença, assim que chegaram ao país, não obstante alguns terem testado positivo por casos importados.
Nas últimas 24 horas, informou a ministra da Saúde, registou-se mais 11 casos positivos e um óbito, sendo que com estes números, o país vê aumentar para 166 pacientes infectados (entre angolanos e estrangeiros, crianças e adultos de ambos os sexos), com 94 activos, 64 recuperados, oito óbitos. Deste total, três localizam-se no Cuanza Norte, a segunda província afectada depois de Luanda.