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Estado angolano perde mais de 23 mil milhões dólares

Redacção_E&M
13/10/2020
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Foto:
DR

A delapidação do erário, terá causado, nos últimos anos, o desvio de "aproximadamente 24 mil milhões de dólares norte-americanos (USD)", conforme constatação feita pelo Presidente da República.

A informação foi avançada pelo Chefe de Estado angolano, numa entrevista ao Wall Street Journal, tendo salientando que este é o valor constante dos processos de investigação patrimonial em curso no Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria Geral da República (PGR).

Na notícia referenciada pela Angop, João Lourenço detalha que daquele montante 13 mil e 515 milhões foram retirados ilicitamente através de contratos fraudulentos com a petrolífera Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola), 5 mil milhões através da Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam) e Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) e os restantes 5 mil milhões através de outros sectores e empresas públicas.

Neste sentido, em relação aos números concretos do combate à corrupção e seus resultados, o Chefe de Estado fez saber que quatro mil milhões, duzentos e trinta e dois milhões, trezentos e vinte mil dólares norte-americanos (USD 4.232.320.000,00) é o valor, até à data, dos bens móveis e imóveis apreendidos ou arrestados no país.

Pode-se ler na notícia publicada pela Angop, que isto inclui bens como fábricas, supermercados, edifícios, imóveis residenciais, hotéis, participações sociais em instituições financeiras e em diversas empresas rentáveis, além de material de electricidade e outros activos.

Segundo o Presidente da República, o Serviço Nacional de Recuperação de Activos da PGR solicitou às suas congéneres no exterior do país a apreensão ou arresto de bens e dinheiro no valor de cinco mil milhões, quatrocentos e trinta e quatro milhões e cem mil dólares (5.434.100.000,00), nomeadamente na Suíça, Holanda, Portugal, Luxemburgo, Chipre, Mónaco e Reino Unido, lista que de acordo com João Lourenço, “tende a alargar-se”.

Na mesma entrevista, o Presidente angolano disse também que o Estado angolano recuperou, em dinheiro, dois mil milhões, setecentos e nove milhões e sete mil e oitocentos e quarenta e dois dólares e oitenta e dois cêntimos (2.709.007.842,82) e dois mil milhões, cento e noventa e quatro milhões, novecentos e noventa e nove mil e novecentos e noventa e nove dólares (2.194.999.999,00) em imóveis, fábricas, terminais portuários, estações de TV e Rádio, em Angola, Portugal e no Brasil.

Segundo a Angop, no aspecto económico, o principal foco desta grande entrevista do Wall Street Journal, conduzida pelo jornalista Benoit Faucon, o estadista assume que é sua previsão ter a Sonangol cotada em bolsas como a de Nova Iorque, Londres ou China, logo após a sua reestruturação.