Para o administrador, “o governo não basta ser de bem, tem de actuar bem no sector agrícola dando o exemplo ele próprio”, focando e pondo fundos e planos de desenvolvimento reais e medíveis.
As estratégias para um melhor desempenho da agricultura em Angola, defende, não podem apenas vir de empresas privadas adversas ao risco, mas também do Estado, priorizando políticas de apoio e desenvolvimento da agricultura ao nível do pequeno e médio agricultor para além dos grandes projectos agrícolas.
Artur Miranda é de opinião que o governo deve apoiar o uso e compra de sementes de alta performance adaptadas às necessidades e realidades socioeconómicas do pequeno e médio agricultor angolano.
Sublinhou, em entrevista a Economia & Mercado, que a Zâmbia Seed Company Limited está disponível para apoiar na formação dos oficiais de campo angolanos que dão suporte as comunidades agrícolas. Entretanto, realça que a estratégia, direcção e investimentos “não podem apenas vir de empresas privadas”.
“A razão é simples e tem de ser dita: Angola não está bem classificada como país propício ao investimento a nível mundial nem nas classificações de ambiente favorável aos negócios por razões que todos sabemos e precisamos juntos mudar. Para contornar isto o governo não basta ser de bem, tem de parecer de bem neste sector dando o exemplo ele próprio focando e pondo fundos e planos de desenvolvimento reais e medíveis nestas áreas”, argumentou.