A injecção dos capitais público será feita por meio da emissão de títulos de tesouro da Recredit.
Contudo, desde 2015 a 2018, de acordo com a Angop, o Executivo já procedeu uma recapitalização na ordem dos 500 mil milhões de kwanzas de títulos e parte está no stock da carteira do BPC cifrado em mais 200 mil milhões de kwanzas, estes últimos com maturidade de cerca de 24 anos, com uma taxa de 5%.
Segundo o secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Osvaldo João, citado pela Angop, num encontro com jornalistas, referiu que a Recredit, instituição para recuperação crédito malparado, foi recapitalizada, há muito, com níveis de títulos de tesouro com cerca de 440 mil milhões de kwanzas.
Desta modo, salienta o responsável, para a recapitalização do BPC será repassado todos os títulos que já foram para a Recredit e entregar em contrapartida a esta instituição, o crédito malparado.
Em contrapartida, segundo a Angop, a Recredit vai receber em torno de 950 mil milhões de kwanzas do BPC, de crédito malparado para ser recuperado e, depois reaver os valores da recapitalização que o Estado está a fazer.
“O Executivo antecipou esta necessidade, por isso, criou uma instituição dedicada a recuperação de instituições financeiras com níveis de malparado muito elevado”, acrescentou.
Na prática, prosseguiu, o objectivo do Executivo é limpar o BPC do malparado que existe e transformar a instituição numa “boa instituição” e colocar a parte mais difícil ao serviço da Recredit, que vai cobrar este valor dos devedores.
No total, o Estado vai desembolsar três mil milhões de dólares para recapitalizar o BPC, Banco Económico e a compra da 25% da acções da Unitel pela Sonangol.
A recapitalização dessas empresas afectará a dívida pública, que poderá ser feita via empréstimos ou por emissão de títulos, de acordo com Osvaldo João.