3
1
PATROCINADO

Estados Unidos: novas sanções contra o Irão

Cláudio Gomes
19/10/2018
1
2
Foto:
DR

O governo americano voltou, a aplicar sanções ao Irão, passados 90 dias após terem decidido abandonar o acordo nuclear iraniano.

O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo, assegurou hoje que as novas sanções contra o Irão serão impostas de forma rigorosa e vão permanecer até que o Governo iraniano altere a sua política, apesar das críticas provenientes da Europa.

Entre as sanções constam a não utilização de dólares, a principal moeda nas trocas comerciais e compras de petróleo.

Este responsável disse aos jornalistas que o primeiro conjunto de sanções começam a ser aplicadas a partir desta terça-feira, o que considerou ser “um importante pilar da política dos EUA face ao Irão”.

As referidas sanções, tinham sido, anteriormente, levantadas após a assinatura do acordo nuclear iraniano, em 2015 pelo antigo presidente Norte Americano, Barack Obama.

De a cordo com o The Washington Post, além da proibição da utilização do dólar americano nas transacções iranianas, o que vai dificultar as trocas comerciais e compras de petróleo, as vendas de carros feitos no Irão será igualmente proibida, tal como as autorizações para importar carpetes iranianas e comida, como pistácios, estão revogadas.

Reacção europeia 

Por outro lado, e contrariamente a posição Norte Americana, os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) disseram ontem, “lamentar profundamente” a aplicação das sanções pelo governo de Donald Trump.

Esta informação foi avançada através de uma declaração conjunta pela responsável pela política externa da UE, Federica Mogherini, e os ministros dos Negócios Estrangeiros da França, Reino Unido e Alemanha, que assinalaram que o acordo nuclear com o Irão de 2015 “está a funcionar e a atingir o seu objectivo”.

Segundo os inspectores da ONU, o Irão está a cumprir o programa, contrariando as constatações de Donald Trump que considerou que “não estão a promover todas as medidas”.

No entanto, os ministros europeus definem o acordo com o Irão “crucial para a segurança da Europa, da região e de todo o mundo”.