Face à extinção da empresa acima, de acordo ainda com o Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF), o sector agrário ficou privado do maior instrumento de aplicação de políticas públicas de fomento à preparação de terras e outras operações.
“A estratégia adoptada consistiu na promoção do surgimento de brigadas de mecanização privadas com o objectivo de prestar serviços de preparação de terras e correcção de solos, sobretudo as explorações agrícolas familiares através de contratos com o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA)”, explicou aquela instituição pública.
Mas o IDA, como se pôde depreender da informação do MINAGRIF, teve dificuldades de dar seguimento ao programa, pois houve redução dos recursos financeiros disponibilizados pelo OGE, motivando as prestadoras de serviços contratadas a realizarem actividades alternativas.
Como alternativas, esclareceu a instituição dirigida por António Francisco de Assis, as prestadoras de serviços contratadas pelo IDA optaram por recolher lixo, transporte de pessoas e bens “em prejuízo do objecto social para os quais tinham sido criados”.
“Esta prática, aliada aos altos preços cobrados pelos serviços de desmatação e de preparação de terras, contribuíram para a redução da capacidade de mecanização", declarou aquele órgão.
De forma tímida, considera o MINAGRIF, o Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC) tem financiado serviços de mecanização de terra e subvencionado a aquisição de tratores de pequeno porte para pequenos produtores empresariais.
“A situação vigente no sector impõe ao Estado, enquanto principal promotor da actividade agropecuária, a necessidade de criar uma entidade pública dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, responsável pela prestação de serviços de desmatação, mecanização hidráulica de pequeno, médio porte subvencionado, sob tutela do MINAGRIF”, defendeu a instituição dirigida por Francisco de Assis.