De acordo com as teorias Químicas, a pólvora é uma mistura explosiva de nitrato de potássio, carvão e enxofre, que deflagra através de chama, faísca ou filamento incandescente, cuja explosão pode provocar danos graveis a integridade das pessoas, além de provocar danos materiais consideráveis.

Recentemente, em declarações ao Jornal de Angola, o comandante da Unidade de Protecção de Objectivos Estratégicos da Polícia Nacional, Simão de Sousa Pereira Inglês, chamou atenção sobre os perigos a que estão sujeitos os moradores do bairro “Pólvora”, no município do Cazenga e Malueca, no município do Cacuaco, construído envolto a referida fábrica de produtos explosivos.

Para o oficial da Polícia Nacional, é urgente que se corrija a falha, com a urgência necessária, de modo a evitar-se que Angola venha, um dia, a viver a mesma situação ocorrida em Beirute, no Líbano.

“Aí, se mete um fósforo, aquele bairro todo do Kikolo desaparece”, alertou Simão de Sousa Pereira Inglês, sublinhando que “aquilo é um barril autêntico de pólvora”. 

No passado, referiu o comandante, a fábrica estava a quilómetros do centro da capital, situação diferente em relação ao contexto actual.

Na óptica do comissário, no mínimo, a fábrica deveria localizar-se numa distância de 100 metros das casas, como forma de prevenir eventuais incidentes.

As declarações do oficial superior da Polícia Nacional foram prestadas no final de uma visita à sede da empresa Edições Novembro, efectuada, recentemente, no âmbito de um programa de constatação da realidade das firmas sob a vigilância do organismo que dirige.

Segundo constatação feita recentemente pelo Jornal de Angola, após entrevistar o comandante da Unidade de Protecção de Objectivos Estratégicos da Polícia Nacional, Simão de Sousa Pereira Inglês, o cenário encontrado no bairro “Pólvora” e arredores é, de facto, assustador e desolador. Mais do que algumas residências, existe mesmo um bairro com centenas de casas envolto redor da fábrica de pólvora Santa Barbara. Entre estas, muitas estão coladas à vedação da fábrica.

Além das casas, para agravar, de acordo com o Jornal, há, numa das ruas próximas a fábrica de pólvora, uma bomba de combustível, que funciona no interior de um contentor, uma casa de venda de gás butano e um mercado informal que concentra vários vendedores.

“Devido à baixa altura do muro de vedação da fábrica, que contém apenas 12 fiadas, as crianças residentes nos arredores facilmente saltam para o interior da instituição, onde caçam pássaros e apanham material metálico para comercializar nas casas de compra do produto”, lê-se na publicação do Jornal de Angola, na sua versão digital.