A informação foi avançada esta semana, em Luanda, pelo administrador executivo do Banco Angolano de Investimento (BAI), quando discursava num encontro com empresários ligados ao sector agro-pecuário.
Na sequência José Castilho disse ainda que as exigências relativas às boas práticas (compliance), contabilidade organizada e projectos bens elaborados constituem os principais entraves que estão na base do atraso da concessão do crédito bancário às empresas.
Neste sentido, o administrador adiantou que os instrumentos de análise de risco de crédito do banco, a informação de qualidade prestada em termos de demonstrações financeiras, experiência de equipa de gestão, garantias, plano de negócio e histórico bancários e jurídicos, também fazem parte dos requisitos exigidos para ter acesso ao empréstimo.
Sem mencionar os montantes envolvidos, escreve o portal Macauhub, José Castilho disse ter o banco recebido mais de 30 projectos ao abrigo do PAC que estão em fase de avaliação para possível aprovação.
O gestor salientou também que embora aquele programa esteja centrado nas pequenas e médias empresas, muitas delas ainda não têm o nível de organização exigida, apesar de algumas já começarem a preparar-se melhor, pretendendo a administração do banco evitar repetir os erros cometidos na execução do Programa Angola Investe, que teve alguns projectos mal-sucedidos e que originou, em consequência, crédito malparado.
No âmbito do PAC e dos compromissos assumidos, o BAI tem disponíveis 30 mil milhões de kwanzas (55 milhões de dólares) para financiar investidores que queiram produzir os produtos definidos pelo Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (Prodesi).