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Governador do BNA defende concessão de crédito responsável

Redacção_E&M
14/8/2020
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Foto:
DR

José de Lima Massano, defendeu, esta semana, a necessidade de os bancos desenvolverem capacidades para apoiar a diversificação da economia, em curso, com a concessão de crédito responsável.

A posição foi defendida durante a abertura das jornadas dos 45º aniversário do Trabalhador Bancário em Angola, assinalado a 14 de Agosto. No evento, José de Lima Massano sublinhou que os créditos devem estar em alinhamento com o funcionamento dos bancos, suas políticas e processos a esse objectivo.

O sistema bancário, lembrou, citado pela Angop, joga um papel  fundamental nesta fase em que se observa uma transição da economia excessivamente dependente das exportações do petróleo para uma mais assente na produção nacional diversificada, sustentável e inclusiva.

Segundo a agência de notícias, desde 30 de Julho deste ano, 14 bancos já rubricaram a adesão ao Programa de Apoio ao Crédito (PAC), enquadrados no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).

Para esse programa, referiu o gestor do BNA, cujo objectivo é garantir que o país alcance a autosuficiência em 54 produtos, de modo a reduzir as importações e promover as exportações, o BDA tem disponíveis 60 mil milhões de kwanzas.

Das várias linhas de financiamento existentes, no âmbito do PAC, 216 projectos já foram aprovados.

José de Lima Massano disse também que o Banco Nacional de Angola tem 68 projectos aprovados, nas linhas doBDA existem 131 aprovados e na linha do  Deutsche Bank mil milhões de dólares disponíveis e quatro projectos aprovados.

O governador não deixou lembrar sobre as etapas de desenvolvimento, desde a independência nacional, tendo salientado que o sector bancário apresenta um paradigma necessariamente muito dinâmico, requerendo, na realização da actividade de intermediação financeira, a criação de soluções, produtos e serviços financeiros sob critérios capazes de assegurar a confiança na guarda de poupanças e garantia de apoio monetários de iniciativas que promovam o crescimento nas mais variadas vertentes.

De acordo com Angop, com 26 bancos em operatividade, 23 dos quais privados e 108 instituições financeiras não bancárias, o sector conta com 25 mil colaboradores directos.

Por outro lado, refere a agência, o sector conta com uma taxa de bancarização que ronda os 40% da população, numa trajectória que tem sido crescente ao longo dos anos, segundo o governador do Banco Central.

Entre os mais variados desafios, com destaque para  os efeitos causados pela Covid-19, o responsável afirma que o  contexto  actual  coincide com um maior rigor a nível do quadro regulatório e de supervisão das instituições financeiras, as novas exigências a nível comportamental e de protecção dos consumidores, o reforço do sistema de governação corporativa e  a transição para uma banca mais digital.

No capítulo da regulação e supervisão, o regulador considera que os bancos enfrentam um quadro exigente, no âmbito de um modelo, hoje, mais activo, transversal e prospectivo, com enfoque na apreciação rigorosa do risco e a institucionalização de novos instrumentos e acções de supervisão, adoptando critérios universalmente aceites de boas práticas.

“O sector bancário pela sua importância na economia é, de todos os sectores, o mais escrutinado, regulado e supervisionado”, apontou citado pela Angop.