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Greve dos trabalhadores da EPAS Bengo priva Caxito de água potável

José Zangui
30/7/2020
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Foto:
DR

Trabalhadores da Empresa Pública de Águas e Saneamento do Bengo (EPAS) estão em greve, há já 15 dias, devido a falta de pagamento de sete meses de salário.

Com a greve por tempo indeterminado, a cidade de Caxito, sede da província do Bengo, está privada do abastecimento de água potável.

Os trabalhadores da EPAS Bengo exigem o pagamento do salário acumulado de sete meses, assim como equipamentos de protecção individual e a assinatura de contratos.

A EPAS Bengo é uma empresa pública, autônoma, que deveria produzir receitas, mas a capacidade dos seus gestores é questionada, segundo fontes da Economia&Mercado (E&M).

Em declarações, recentes à imprensa, o Presidente do Conselho de Administração da EPAS Bengo, Carlos Gomes, disse que tem estado a trabalhar com o Ministério das Finanças e o da Energia e Águas para solucionar essa situação.

Carlos Gomes pediu a compreensão dos trabalhadores e lembrou que o país está a viver um período de Estado de Calamidade Pública, o que impede a realização de greves e a privação dos consumidores do abastecimento regular de água potável. Mas estes dizem ser pais de família que precisam de serem sustentadas.

Em Junho, o secretário de Estado das Águas, Lucrécio Costa, reuniu-se em Caxito com os trabalhadores e o conselho de administração da EPAS Bengo e recomendou que a cobrança do consumo de água seja efectiva, para produzir receitas para a empresa.

A EPAS no Bengo foi constituída, há três anos, e tem uma produção a volta dos seis mil metros cúbicos de água/dia.