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IFC vai formar empresas agrícolas angolanas tendo em vista mercados de exportação

Cláudio Gomes
1/12/2022
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Cláudio Gomes

O memorando assinado entre o IFC e AAPA vai apoiar o crescimento e a sustentabilidade do agro-negócios em Angola e impulsiona-los para novos mercados de exportação.

Rubricado esta semana, em Luanda, entre o International Finance Corporation (IFC) e a Associação Agropecuária de Angola (AAPA), o memorando visa melhorar a produtividade, segurança e certificação alimentar no país.

Segundo o IFC, membro do Grupo Banco Mundial, a formação em standards de produção e certificação irá beneficiar mais de 100 produtores, entre associados da AAPA e não só.

Na ocasião, o representante e chefe de Missão do IFC para Angola disse que a formação esta alinhada com as certificações internacionalmente reconhecidas pela GlobalG.A.P. e com as normas da União Europeia, garantindo, igualmente, que ajudará os produtores angolanos a aumentar a produtividade e a cumprir as normas de exportação.Segundo Carlos Katsuya, um dos signatário do acordo, as formações ajudarão a fortalecer o sector agrícola angolano e as suas cadeias de valor locais, aumentando a sua contribuição para o crescimento económico, ainda mais por serem ministradas conforme as normas internacionais.

“A segurança alimentar é uma parte integrante da produção alimentar. A melhoria das normas de segurança alimentar ajudam a garantir que as pessoas consumam alimentos seguros e higienicamente produzidos", disse.

Por sua vez, segundo o presidente da AAPA, associação de âmbito nacional, que abrange grandes empresas do sector agrícola e  cooperativas rurais, a parceria ajudará a aumentar o conhecimento dos operadores nacionais do sector, oferecendo formações profissionais para impulsionar a produtividade e as exportações no sector agrícola de Angola.

Para Wanderley Ribeiro, outro dignitário do memorando, embora o financiamento seja um instrumento extremamente importante para o desenvolvimento do sector em Angola, o conhecimento sobre o uso de recursos financeiros e gestão de projectos é ainda mais importante.

O IFC salienta, em nota consultada pela Economia & Mercado, que a melhoria da segurança alimentar tem permitido aos clientes do IFC satisfazer os requisitos do mercado de exportação regional e internacional, atrair investimentos, gerar mais vendas, realizar economias de custos e reforçar as suas marcas.

“A parceria anunciada hoje faz parte do programa Growing Agriculture Supply (GAS) do IFC em Angola, que está a promover o aumento da segurança alimentar, a melhoria das cadeias de valor dos fornecedores locais, e o apoio ao crescimento do sector agrícola. O programa GAS é co-financiado pelo Governo do Japão e pela União Europeia”, refere a nota do IFC.

Acordo com Fazenda Max Turiagro

Só em 2022, o IFC investiu 32,8 mil milhões de dólares em empresas privadas e instituições financeiras nos países em desenvolvimento, alavancando o poder do sector privado para combater a pobreza extrema, de acordo com uma nota.

Em Angola, além da AAPA, assinou dois acordos de parcerias ligadas a segurança alimentar e produtividade. Foram signatárias a Fazenda Turiagro, uma das maiores produtoras de fruta em Angola, e com a Fazenda Maxi, resultado de um programa exclusivo promovido pela Maxi, um grande retalhista de frutas e legumes que estabelece parcerias com produtores locais.

“Angola identificou o sector do agronegócio como prioritário para o crescimento económico e a diversificação. A melhoria da segurança alimentar e dos padrões de produtividade pode ajudar a aumentar a sua competitividade bem como fortalecer as exportações e as trocas comerciais regionais, apoiando a segurança alimentar em África”, lê-se na nota.

Há mais de 15 anos que o IFC tem apoiado empresas em todo o mundo a implementar normas internacionais de segurança alimentar e a adaptar modelos empresariais sustentáveis.

O IFC é membro do Grupo do Banco Mundial e é a maior instituição de desenvolvimento global focada no sector privado em mercados emergentes, com presença em mais de 100 países, utilizando capital próprio, experiência e influência para criar mercados e oportunidades nos países em desenvolvimento.