Em declarações, exclusivas a Economia&Mercado (E&M), o director do Instituto Nacional de Estatística (INE), Camilo Ceita, apontou as restrições da pandemia da Covid-19, também em voga no país, como uma das razões do referido atraso, entretanto, disse que também aguarda-se a indicação de um membro da supra-estrutura do governo que vai lançar a operação, na província do Bengo. Recordar que os resultados dos RAPP seriam conhecidos em Dezembro.

De momento, segundo explicou o director do instituto, decorre a formação dos agentes que vão trabalhar no campo, um total de 825 em todo o país, entre recenseadores e supervisores províncias e informáticos.

De acordo com o director do INE, o RAPP será o primeiro censo de recolha, processamento e disseminação de dados da agricultura, pecuária e pescas, no período pós-independência de Angola.

A operação, segundo Camilo Ceita “fará o levantamento dos dados que permitirá o país conhecer a estrutura dos referidos sectores como, por exemplo, a quantidade de unidades agro-pecuárias, sua distribuição espacial e tipos de propriedades, assim como informações sobre uso e aproveitamento da terra e posse e meios de produção nos níveis provinciais e comunais”.

O RAPP vai permitir conhecer a estrutura dos três sectores referenciados, como por exemplo, a quantidade de unidades agro-pecuárias, sua distribuição, assim como informações sobre o uso e aproveitamento da terra nos diferentes níveis, provinciais e comunais.

Terá uma extensão nacional e será coordenado pelo INE, coadjuvado pelos Ministérios da Agricultura e das Pescas e conta com o apoio técnico do Fundo das Nações Unidas para Agricultura (FAO).

Neste sentido, segundo o INE, o país passará a contar com uma base fiável para realizar inquéritos agro-pecuários e piscatórios por amostragem com fins de produzir estatísticas correntes, além de conhecer a localização geográfica e poder caracterizar as explorações agro-pecuárias e piscatórias.

O recenseamento Agro-Pecuário e Pescas (RAPP) é uma operação de alta relevância para o país.