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Inflação arrastada para 16,68%

Redacção_E&M
15/11/2022
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Foto:
DR

Economista Daniel Sapateiro afirma haver um desencontro entre esta percentagem de inflação e os preços do dia-a-dia, tanto no mercado formal como no mercado informal.

O Banco Central e o Instituto Nacional de Estatística de Angola, por meio de métricas e procedimentos estatísticos, chegaram à conclusão que o nível geral de preços ao consumidor nacional, no mês de Outubro, em comparação com o mesmo mês em 2021, atingiu 16,68%, disse Daniel Sapateiro, contactado nesta segunda-feira (14) pela Economia & Mercado

O economista alertou que a nova taxa de 16,68% continua a indicar tendência inflacionista, mas numa visão de desinflação (crescimento menos acelerado dos preços), numa lógica de nível de preços numa base mensal (Outubro versus Setembro, por exemplo), mas também quando analisado, de Janeiro a Outubro e, por fim, a análise em período homólogo.

Ao referir-se sobre o impacto da descida generalizada de preços na vida da população, avançou: “na minha opinião e divergindo da minha consulta de preços nos supermercados e nos mercados informais, realizado a meio do mês de Outubro, já numa fase de desvalorização cambial, pude perceber que os preços dos bens mais essenciais aos angolanos estavam a subir”.

Questionado sobre a previsão da redução da inflação em torno 14%, até o final do ano em curso, feita pelo Banco de Fomento Angola (BFA), respondeu não conhecer os dados estatísticos e a base de trabalho para a previsão de nível de preços para os últimos meses do ano. Relembrando, no entanto, que a tendência natural dos preços é de subida na época de pagamento de subsídio de natal e outros, no aumento da procura e do consumo por conta das festas.

“Desta forma, o que podemos esperar é um aumento generalizado dos preços com um conjunto alargado de consequências nefastas para os agentes económicos: famílias e empresas não financeiras”, rematou o economista.