Citado pela Lusa, o Sumo Pontífice recordou na audiência geral de ontem, quarta-feira, 8, na sua viagem recente aos dois países, descrevendo a RDCongo como "uma terra rica em recursos e ensanguentada por uma guerra que nunca acaba, porque há sempre quem alimente o fogo".
De acordo com Francisco, o país "é como um diamante, devido à sua natureza, aos seus recursos, e sobretudo ao seu povo; mas este diamante tornou-se uma fonte de contenção, de violência, e paradoxalmente de empobrecimento para o povo".
Fazendo fé no Santo Padre, outras noutras regiões africanas estão na mesma condição, um continente que considera colonizado, explorado, saqueado. "Já chega, já chega de explorar África", exortou.
Para o Papa, o Sudão do Sul, um país jovem, nascido em 2011, "é vítima da velha lógica de poder e rivalidade, que produz guerra, violência, refugiados e pessoas deslocadas internamente".
Considerou, por isso, "vergonhoso" que tantos países "ditos civilizados" ofereçam ajuda ao Sudão do Sul, materializado no envio de armas e mais armas. "Isto é vergonhoso", insistiu, rezando para que as sementes de "amor, justiça e paz" brotem nestes países.