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Joana Lina exonerada do cargo de governadora de Luanda

José Zangui
1/7/2021
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Foto:
DR

O Presidente República, João Manuel Gonçalves, exonerou nesta quarta-feira, 30, Joana Lina Baptista Cândido, do cargo de governadora da província.

Depois de duras críticas da sociedade à governação de Joana Lina, ao ponto de ser apelidada “Joana Lixo”, devido aos amontoadas de lixo nas ruas, sem capacidade de resposta, Joana Lina, que deixou a mesma função no Huambo, para substituir o malogrado Sérgio Luther Rescova, na governação da capital do país, não resistiu ao caos provocado pelo lixo em Luanda, surto de malária que continua a causar várias mortes e abarrotar hospitais, morgues e cemitérios.

Sem justificar a mudança, o Presidente da República fez apenas uso das competências que lhe são conferidas pela Constituição.

Joana Lina que no tempo de José Eduardo dos Santos, foi a responsável das finanças do MPLA, foi substituída, do cargo de governadora de Luanda, por Ana Paula Chantre Luna de Carvalho, até então, secretária de Estado para o Ordenamento do Território.

Durante o mandato de Joana Lina, a chamada crise do lixo foi um dos maiores problemas que enfrentou, tendo a UNITA pedido a sua demissão, ao mesmo tempo que o Presidente da República criou uma comissão multidisciplinar para enfrentar a situação que continua a ameaçar a saúde pública em tempos de pandemia.

Com menos de um ano de gestão, analistas e munícipes de Luanda creem que a sua saída deveu-se pelo caos do lixo" em Luanda.

Mas há outros problemas. A agora ex-governadora é acusada de falta de transparência no processo de selecção de empresas que fariam a gestão do lixo.

A província de Luanda produz, diariamente, pelo menos seis mil 800 toneladas de resíduos sólidos, que eram recolhidos, até 2020, por seis operadoras de limpeza.

Essas empresas, que tinham capacidade de recolha de apenas 60% do lixo produzido na capital, perderam as suas licenças em decorrência da suspensão dos contratos públicos, pelas autoridades do Governo Provincial de Luanda.