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João Lourenço busca parceria para gestão de parques

José Zangui
24/9/2021
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Foto:
DR

O Presidente da República anunciou, segunda-feira, em Washington, que o país iniciou negociações com a empresa americana “African Parks” para uma co-gestão e desenvolvimento de parques.

O Estadista angolano, que discursava na Gala Anual da Fundação Internacional para a Conservação do Ambiente (ICCF), disse tratarem-se dos parques naturais do Luengue-Luiana e Mavinga.

Segundo João Lourenço, esses parques localizados na região transfronteiriça protegida do Okovango Zambeze são a última fronteira selvagem no sul de África.

O Chefe de Estado angolano foi homenageado, em Washington, pela Fundação Internacional para a Conservação do Ambiente (ICCF), pelo envolvimento em iniciativas de defesa ambiental.

Por cá, a sociedade está dividida quanto a pertinência da homenagem por não se conhecerem iniciativas de João Lourenço que mereçam tal mérito. Das poucas, foi a criação, Em 2017, do comité executivo para acompanhamento e reforço da implementação das medidas de protecção e conservação da palanca negra gigante em via de extinção.

A homenagem a João Lourenço por uma ONG ICCF, sobre o seu empenho nos trabalhos de preservação ao meio ambiente na bacia do Okavango tem sido alvo de reparos que se apoiam numa contradição existente.

O chefe do executivo assinou um decreto que autoriza a exploração petrolífera em zonas reservadas, muito criticado pela sociedade incluindo o clero católico angolano.
A existência de tal decreto-lei, segundo informações disponíveis, levou com que Angola não fosse convidada para participar numa conferência internacional “on-line” sobre políticas ambientes, a 22/23 de Abril organizada sob auspícios de Joe Biden.

De recordar que está é a segunda vez que o João Lourenço desloca-se a Washington nas vestes de Chefe de Estado angolano e não é recebido na casa branca pelo seu homólogo americano.

O ambientalista Vladimiro Russo, contactado pela E&M, sobre a relevância ou não da homenagem ao Presidente da República, preferiu não comentar, referindo apenas que ICCF deve ter os seus argumentos.

Em Washington, João Lourenço afirmou ainda que o governo angolano e várias agências internacionais como a USAID, o Fundo Global para o Ambiente e a “Conservation International” trabalham no sentido de garantir o apoio técnico e financeiro para estabelecer programas de protecção dos ecossistemas e do ambiente.

Segundo o Presidente, Angola será o terceiro signatário do protocolo contra o tráfico ilícito das espécies da flora e da fauna selvagens.

Acrescentou que Angola e outros estados signatários comprometem-se em adoptar legislação adequada que tipifique como crime o tráfico ilícito da vida selvagem e partes de animais selvagens.

Internamente, o Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa tem sigo a figura mais envolvida em questões ambientais, como é o caso da campanha de plantações de mangais.

Por exemplo este ano, as actividades em celebração da Semana Africana do Dia Mundial para a Conservação dos Ecossistemas de Mangais decorreram de 26 a 31 de Julho último, sob o lema “Usar o crédito de carbono como ferramenta para promover a gestão sustentável dos mangais”.

Bornito de Sousa aproveitou a ocasião, com um apelo “Juntos é possível” e realçou a nobreza da acção de reflorestar e proteger os ecossistemas de mangais, uma acção que tem mobilizado voluntários de todos os pontos do país.