Segundo o Jornal de Angola, que cita a agência Lusa, um responsável da aviação, sob anonimato, adiantou, no entanto, que as caixas ficaram parcialmente destruídas. "Vamos ver o que conseguimos, o que será possível recuperar", disse.

Recordar que o avião partiu da capital etíope, Adis Abeba, com destino à capital do Quénia, Nairobi, tendo caído poucos minutos depois numa zona chamada Hejeri, próximo da cidade de Bishoftu, a cerca de 42 quilómetros a sudeste da capital da Etiópia.

Até ao momento não foram ainda identificadas as causas do acidente, sendo certo que este é o segundo acidente envolvendo um Boeing 737MAX. O primeiro aparelho da Boeing com a mesma referência ocorreu ao largo da costa da Indonésia, em circunstâncias semelhantes, em 29 de Outubro, e resultou também na morte de todos os ocupantes.

A Ethiopian Airlines anunciou, apesar de não serem conhecidas ainda as causas do acidente, ter imobilizado todos os seus Boeing 737 MAX. Como consequência dos constantes acidentes envolvendo os aparelhos da Boeing, as autoridades de aviação da China, Mongólia e da Indonésia anunciaram, igualmente, que vão suspender todos os voos com aparelhos Boeing 737 MAX 8.

A Administração da Aviação Civil da China, por exemplo, esclareceu que a ordem se deve a preocupações com a segurança dos passageiros, já que se trata do segundo acidente com aquele modelo no espaço de cerca de dois meses.

Enquanto que as autoridades da Indonésia, onde há 11destes aparelhos em operação por duas companhias, informaram que estão a fazer inspeções nos aparelhos para assegurar que estes estão em condições de continuar a voar.

Contudo, já se começam identificar as vítimas do acidente do avião da Boeing, que levava a bordo 157 pessoas de 35 nacional idades diferentes. Entre as vitimas três médicos austríacos, o cofundador de uma organização humanitária, um embaixador, a mulher e o filho de um deputado Eslovaco ou um professor universitário canadiano nascido na Nigéria são algumas das vítimas da queda do avião.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão confirmou que seguiam a bordo cinco cidadãos alemães, incluindo uma funcionária da agência das Nações Unidas para as migrações.

As autoridades chinesas confirmaram a existência de oito cidadãos chineses no avião, entre os quais dois trabalhadores das NaçõesUnidas.