Com o é-Kwanza é uma "wallet", um produto de base financeira desenhada pelo BAI.
Trata-se de um produto que foi revitalizado pelo Banco Angolano de Investimento, de modo a torná-lo mais acessível, sobretudo, para as que têm dificuldades em aderir aos serviços financeiros.
De a cordo com o Angop, que cita o assessor da Comissão Executiva deste banco, Nuno Viegas, que procedeu, nesta terça-feira, a apresentação do produto a Associação Industrial de Angola (AIA), em videoconferência, o BAI pretende atingir, até 2021, um milhão de pessoas com o seu produto e até 2025 10.6 milhões de usuários.
Segundo a agência de notícias, esta cifra inclui utentes de smartphones aos de telemóveis mais simples, todos podem aderir ao é-Kwanza, mesmo sem Internet.
Nuno Veiga disse ainda que com a plataforma “mobile Money” é possível resolver problemas específicos relacionados com o apoio às famílias, criar literacia financeira, educação sobre poupança, apoio de iniciativas de micro-crédito e transferências sociais monetárias, está última com a parceria do UNICEF.
De acordo com a Angop, entre as oportunidades apresentadas deste “mobile Money”, destaca-se a redução do risco operacional, acesso aos mercados informais, facilidade de "onboarding" de Fintechs, banca de proximidade, aumento de receitas partilhas, entre outros.
"Hoje, manusear dinheiro físico acarreta vários riscos. Está é uma ferramenta que vai reduzir os custo operacionais", garantiu o consultor.
São intervenientes do é-Kwanza, o BAI, gestor de rede (entidade gestora de um grupo de agentes), o agente (responsáveis pela gestão dos clientes e as respectivas transacções de dinheiro electrónico e real dos mesmos), vendedor (agrega funções do cliente, agente e comerciante) e os clientes (executor da operação).
Os agentes estão a ser registados nos balcões deste banco e outros instrumentos criados para o efeito.
Com este dinheiro electrónico com paridades directa ao Kwanza, o é-Kwanza permite ainda registar e guardar fundos dos usuários.
De igual modo, permite fazer transferências para indivíduos registados e não registados na plataforma, depósitos, pagamentos, como serviços sociais, água luz, Internet, impostos e outros, bem como levantamentos.
A plataforma com várias soluções, como IVT, APP, APIs, SMS, Web e USSD, vai oferecer o serviço de voz, além do português e inglês, em qua línguas nacionais, como kindumdu, umbundu, cokwe e kicongo.
Como funciona
Enviar ou receber dinheiro com o é-Kwanza marca-se o *402# e escolher-se a opção 1 dispostas no ecrã do telemóvel, de seguida a opção enviar, incerir-se o telemóvel a quem se pretende enviar o montante e o valor e de seguida o PIN.
Em termos de transacções de valores mínimos e máximos rondam os 300 mil por transacção, 600 mil kwanzas por dia, para os clientes que efectuarem o seu registado de forma presencial ou seja, junto do agente.
Por mês estes podem ainda transaccionar três milhões de kwanzas por mês e por ano 18 milhões de kwanzas.
Para os clientes que efectuarem o auto- registo sem que estes tenham de se apresentar junto de um agente, estes podem transaccionar 10 mil kwanzas por transacção, 25 mil kwanzas por dia, 35 mil kwanzas por mês e 70 mil kwanzas por ano.
Para beneficiarem de outros limites transaccionais, os mais elevados, estes devem efectuar o seu registo presencial.
O BAI assegura que foram tidos em conta todos os prováveis riscos de segurança na plataforma.
No entretanto aconselha cautelas na utilização do PIN, que não deve ser exposto.