Desde Janeiro de 2020, a província registou 83.224 casos da doença, dos quais 461 resultaram em mortes, de acordo com informações prestadas, recentemente, no município do Lubango, pelas autoridades de Saúde Pública.
Segundo o chefe do Departamento Provincial de Saúde Pública e Controlo de Endemias, José Chiangalala, o número de casos representa um aumento de 21% em relação ao período homologo igual período do ano passado, em que foram registados 192 óbitos, de um total de 68 mil e 678 casos.
O município do Lubango, avançou o dirigente, registou o maior número de mortes (90 óbitos), seguido dos municípios da Caconda com 84, Matala 17 e Caluquembe 60.
Ainda conforme descreve os dados que espelham o número de mortes causadas pela malária, compilada e disponibilizada pelas autoridades sanitárias da província, ficaram nos lugares seguintes o município da Jamba com 32 casos, Chicomba com 28, Quipungo com 23, Chipindo com 19, Kuvango com 17 e Cacula com 13 mortes, respectivamente.
De acordo com as autoridades, os municípios dos Gambos, Chibia e Humpata não registaram mortes causadas pela referida doença, durante o primeiro trimestre deste ano.
José Chiangalala, citado pelo Jornal de Angola, disse que o município de Quilengues registou, no período em análise, a maior taxa de incidência da doença na província, com 193,5%.
No entanto, referiu o chefe do Departamento Provincial de Saúde Pública e Controlo de Endemias, o município de Caluquembe foi o que registou a taxa de letalidade mais alta.
De forma geral, concluiu, “a taxa de incidência da malária na Huíla está calculada em cerca de 27,80 e a de letalidade em 0,6%”, acrescentado que a melhoria das condições de diagnósticos e da gestão de casos facilitou o processo de notificação de pacientes com malária nos 14 municípios.
“Observamos um aumento do número de casos porque o sistema de vigilância melhorou. Devo informar que está em curso uma estratégia para o envio de equipas de vigilância para as comunidades”, anunciou José Chiangalala.
Para o responsável, a conjugação de esforços transversais para a prevenção da doença, é o caminho a seguir. Entre os caminhos, a fonte apontou a melhoria da saneamento básico, reactivação das brigadas de Luta Anti-Vectorial (LAV) e sensibilização da população para o uso de mosquitos impregnados como medidas eficazes contra a pandemia.
“É preciso combater o vector transmissor da doença. Embora a malária não seja imunoprevenivel, mas é prevenivel com a eliminação do vector, utilização de mosquiteiros e insecticidas. Só assim podemos diminuir a morbo-imortalidade”, argumentou.