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Médicos angolanos suspendem greve e retomam trabalhos hoje

Cláudio Gomes
20/12/2021
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Foto:
DR

Depois do acordo alcançado com o Ministério da Saúde de Angola, o presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (Sinmea) confirmou o levantamento da greve que perdurou por mais de uma semana.

Adriano Manuel disse que foi dado o prazo de 90 dias para o Ministério da Saúde responder aos pontos que constam do caderno reivindicativo, entre os quais a questão dos aumentos salariais.

Em declarações recentes à Lusa, o médico garantiu que a partir de hoje, segunda-feira, 20 de Dezembro, os médicos regressariam aos seus postos.

Quanto à sua recolocação e à nulidade do seu processo disciplinar, o médico disse que foi retirado o procedimento disciplinar, pelo que, volta a trabalhar no Hospital Pediátrico David Bernardino.

Adriano Manuel disse que uma das cedências que o sindicato terá feito a favor da entidade patronal foi o pedido de indemnização que exigia o caderno reivindicativo.

O médico pediatra encontrava-se afastado do seu posto de trabalho há um ano e nove meses, depois de ter denunciado a morte de dezenas de criança em apenas um dia no banco de urgência do Hospital Pediátrico David Bernardino, o que lhe valeu um processo disciplinar e a transferência para a área dos recursos humanos do Ministério da Saúde.

De acordo com a agência portuguesa de notícias, sobre a melhoria de condições de trabalho, o presidente do Sinmea referiu que foram criados grupos de trabalho com responsáveis do sector, para se encontrar uma forma de dar resposta dentro do prazo de 90 dias.

As partes chegaram a acordo, depois de uma reunião realizada sexta-feira, 17 de Dezembro, pondo fim à greve iniciada no dia 6 deste mês.