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MINAGRIF anuncia novo plano para facilitar acesso a fertilizantes

Redacção_E&M
16/4/2019
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Foto:
Carlos Aguiar

O governo está a negociar com empresas russas e marroquinas para a produção de fertilizantes no país.

O Ministério da Agricultura e Florestas anunciou que está em curso um novo plano ministerial para facilitar o acesso dos camponeses a fertilizantes e outros insumos agrícolas.

Segundo o ministro Marcos Nhunga, que procedeu ao encerramento da Conferência E&M “Agricultura: passado à actualidade, principais constrangimentos e caminhos a seguir”, realizada na quarta-feira, 10 de Abril, em Luanda, o governo está a negociar com empresas russas e marroquinas para a produção de fertilizantes no país. No entanto, como medida alternativa, o governo procedeu à redução do preço dos fertilizantes, para que mais camponeses tenham acesso a esse insumo.

Marcos Alexandre Nhunga, ao longo da sua intervenção, admitiu que um dos principais constrangimentos no sector da agricultura em Angola tem a ver com os elevados custos de produção, mas garantiu que tudo está ser feito para alterar o quadro, sendo que, actualmente, a situação é diferente da de há quatro anos.

“É difícil fazer agricultura com uma estrutura de custos pesada”, reconheceu o governante, tendo acrescentado que as preocupações que têm sido apresentadas pelos camponeses são “justas e oportunas”.

Outra novidade apresentada pelo ministro da Agricultura e Florestas é que, em breve, as Forças Armadas de Angola (FAA) vão passar a ser abastecidas por agricultores nacionais, o que permitirá um maior escoamento e rentabilização da produção local.

Por fim, Marcos Nhunga anunciou também a abertura, ainda este mês, do concurso para a privatização de fazendas agrícolas criadas com fundos do Estado. Disse que o processo está a ser finalizado pelo Ministério das Finanças.

No âmbito da Conferência “Agricultura: do passado à actualidade, principais constrangimentos e caminhos a seguir”, promovida pela revista Economia & Mercado, foram prelectores José Severino, presidente da AIA (Associação Industrial de Angola), que fez um enquadramento histórico da agricultura no país, destacando os períodos em que Angola foi auto-suficiente em várias culturas agrícolas e um dos maiores exportadores mundiais de commodities como o café; José César Macedo, director geral da Agropromotora; e Castro Camarada, agrónomo e antigo consultor da FAO em vários países africanos.Entretanto, participaram dos painéis de debate o director-geral da ADRA,Belarmino Jelembi; Carlos Pinto, agrónomo; Joaquim César, agrónomo e investigador; João Nunes, gestor da Fazenda Máxi para o sector da agro-indústria; e Jaime Pereira, administrador do Banco BIC responsável pela área de financiamento a projectos do sector agro-industrial.