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Ministra apela peixeiras a utilizarem mercado oficial da Mabunda

Angela Canganjo
19/10/2018
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Foto:
DR

A ministra das pescas, Vitória de Barros Neto, apelou, recentemente, as peixeiras a voltarem a utilizar as instalações que o ministério construiu na zona da Mabunda.

Vitória de Barros Neto disse ainda que o referido mercado possui "todas as condições higiénicas e sanitárias" para a comercialização dos alimentos dos peixe em particular. E com isso, poderão evitar possíveis contaminações de cólera.

“Se o peixe for tratado com água contaminada o risco é maior, por isso é que o Ministério das Pescas deslocalizou o desembarque de pescado, da pesca semi-industrial da zona da Mabunda, para o Porto Pesqueiro, na Boavista, que tem condições higiénico e sanitária óptimas e não corre o risco de ser contaminado por água poluída”, esclareceu.

A ministra recordou as peixeiras que é dentro do mercado onde deve ser tratado o peixe para ser comercializado e não perto do lixo e da água contaminada, como acontece na Mabunda, pois o risco não é só para o peixe, mas também para os outros alimentos.

Quanto a comuna da Funda, a responsável adiantou que a circunscrição tem estações de piscicultura e gerou-se alguma dúvida relativamente ao pescado, por isso vai haver uma educação para a higiene pessoal para as famílias no sentido de utilizar, preferencialmente, água tratada não só para o seu consumo directo, mas também para o tratamento dos alimentos.

Esta semana, no âmbito da prevenção da cólera que ameaça aquela parte do litoral do distrito da Samba, as vendedoras resistiram ao processo de transferência que  abrange igualmente as embarcações de pesca industriais, para o porto pesqueiro.

Em Fevereiro deste ano, as peixeiras do mercado do peixe “Avó Mabunda”, que existe há quase 30 anos, recusaram-se exercer a actividade comercial no interior da instituição por alegada existência de concorrência desleal, já que a administração do recinto cedeu espaço aos proprietários de barcos para comercializarem o pescado a grosso fora do recinto.

Aos pescadores e donos de embarcações foi permitido realizar o comércio do peixe a grosso fora do recinto, a beira-mar, devido a função que têm de abastecer as peixeiras a  nível de Luanda, tornando o produto mais barato em relação ao das vendedoras do interior do mercado.

O mercado, concebido para a venda exclusiva de pescado, alberga desde o dia 26 de Fevereiro, vendedores de produtos alimentares industrializados, agrícolas, roupas e calçados usados, dentre outras mercadorias.

De recordar que em Novembro de 2017, as quitandeiras abandonaram o mercado horas depois de ter sido inaugurado, pela ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros, por alegada falta de capacidade para albergar as mais de mil comerciantes que vendiam vários produtos.