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Ministra da Saúde admite não retorno às aulas no Ensino Primário

Redacção_E&M
22/10/2020
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Foto:
DR

Sílvia Lutucuta admitiu ontem, quarta-feira, 21, em Luanda, um possível recuo na decisão sobre o retorno às aulas no Ensino Primário, tendo em conta o aumento de casos positivos de Covid-19.

Segundo o Jornal de Angola, que cita a governante que falava no final de uma reunião virtual da Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19, o retorno às aulas para o Ensino Primário, previsto para o próximo dia 26 de Outubro, irá depender da evolução epidemiológica nos próximos dias. “É o que está plasmado no Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública. Quando não for possível, temos que recuar. Vamos avaliar a situação epidemiológica actual”, disse.

Sílvia Lutucuta referiu que, na última semana, o país registou uma taxa de positividade superior à da semana anterior, em que a média foi de 5,6%, 5,7% de casos positivos de Covid-19. “Estamos agora com uma taxa um pouco mais elevada, que em determinados dias chega próxima aos 10%”, explicou a responsável da Saúde no país.

Por isso, a dirigente ponderou mesmo a necessidade de se “reavaliar todas condições das escolas e tomar a medida mais adequada”.

De acordo com a ministra da Saúde, o mais importante é proteger a vida das crianças e das famílias. “Se não for possível, vamos reiniciar as aulas noutra altura, porque o mais importante é proteger o bem mais precioso que é vida”, acrescentou.

Quanto a Escola Portuguesa de Luanda, que encerrou as actividades ter-se registado um caso positivo de Covid-19, a ministra da Saúde explicou que, quando surge um ou dois casos numa escola, faz-se uma análise de risco e são tomadas duas medidas. “Uma é fechar a sala de aula e colocar todos em quarentena. Outra, dependendo do número de contactos, é colocar a escola em quarentena”, disse Sílvia Lutucuta.

Segundo a governante o encerramento da Escola Portuguesa não é um caso isolado, pois existem outros estabelecimentos de ensino que foram fechados por terem registado casos positivos da pandemia. “Não foi só na Escola Portuguesa. Temos outras escolas que também entraram em quarentena até a situação estar mais controlada”, afirmou.

Por outro lado, referindo-se ao valor da comparticipação dos testes da Covid-19, Sílvia Lutucuta considerou ser “razoáveis” os preços por cada tipo de testes nas unidades sanitárias autorizadas para o efeito.

“São preços razoáveis. 75 mil Kwanzas pelo teste é um bom preço. Estamos praticamente a cobrar o reagente do teste”, justificou.

Segundo o Jornal de Angola, a ministra da Saúde sublinhou que os preços do sector público são comparticipados, sendo que a maior percentagem vai ser paga pelo Estado. “Os doentes e aqueles que devem ser testados por indicação sanitária não pagam. Quem quer viajar ou saber de livre e espontânea vontade o seu estado serológico vai pagar, porque temos outros custos inerentes com os equipamentos de biossegurança e outros reagentes”, frisou.

A ministra da Saúde admitiu também a adopção de medidas mais duras contra todos aqueles que violam o Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública. “Os angolanos têm que perceber que a doença existe. E se queremos estar vivos, temos de acatar as medidas de prevenção. É importante que o cidadão perceba que a Covid-19 mata”, lembrou.