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Ministra defende a criação de unidades policiais especializadas

Redacção_E&M
26/11/2019
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Foto:
DR

A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher defendeu, esta semana, em Luanda, a criação de unidades policiais especializadas para o atendimento às vítima de violência doméstica.

Faustina Inglês, que discursava no Fórum sobre a Violência Doméstica, organizado pelo Grupo de Mulheres Parlamentares, disse que as unidades devem agregar sociólogos, assistentes e educadores sociais, psicólogos, antropólogos, técnicos de saúde, psiquiatras e terapeutas familiares. 

Segundo a ministra é necessário a criação de salas especializadas no atendimento aos casos de violência doméstica nos tribunais de Comarca que estão a ser implementados no país. Com a materialização desse desafio, entende a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, é possível acelerar o tratamento dos vários processos sobre violência, particularmente os que envolvem crianças. 

Na sequência, a responsável apresentou a visão do sector que dirige, bem como os percalços  que se deve ter com a Lei contra à Violência Doméstica. Para Faustina Inglês, verifica-se uma certa ponderação por parte das autoridades competentes em relação aos agressores em matéria da violência doméstica. 

Durante o “Fórum sobre Violência Doméstica” que contou com a presença da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, organizado pelo Grupo de Mulheres Parlamentares, a ministra reconheceu "avanços significativos, sobretudo no que diz respeito às denúncias" envolvendo vítimas de violência doméstica, tendo em conta que a violência doméstica tornou-se um crime público, que pode ser denunciado por qualquer cidadão. 

Entretanto, Faustina Inglês defendeu a necessidade de maior mobilização em relação ao crime no género, alertando que existem ainda algumas questões que se deve dar uma tenção multidisciplinar. 

A ministra referiu, durante a sua intervenção, que apesar de ter havido um avanço significativo em termos de legislação, a sua aplicação, contudo, ainda “é morosa”, tendo salientado que nas salas de atendimento às vitimas de violência, que existem em todos os municípios do país, foram atendidos, de Janeiro a Setembro, 3.307 casos diversos, dos quais, 2.605 denunciados por mulheres e 702 por homens. A ministra acredita que muitos casos não são denunciados por vários motivos.