A informação foi avançada pela ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, em entrevista à publica “Tcheladay”, da Côte d’Ivoire, especializada em pesquisas e temas com profundidade.
A ministra de Estado afirmo, durante entrevista, que no caso dos jovens, e para contornar o desemprego, a estratégia passa pela formação profissional e não pela assistência.
“Acreditamos que devemos ajudar a ensinar como fazer e não apenas receber”, disse, para sublinhar a aposta do Executivo no empreendedorismo juvenil.
A responsável revelou que mais de 300 jovens receberam formação e kits técnicos para a criação do próprio emprego. “Quando a taxa de desemprego é alta, a taxa de violência social também aumenta”, lembrou Carolina Cerqueira, sublinhando que há, igualmente, programas virados para as meninas.
Além de facilitar o acesso a bolsas de estudo, as meninas também têm cursos profissionais para criarem os próprios empregos e programas para prepará-las para a vida sexual.
“Um dos nossos objectivos é melhorar a situação das mulheres e famílias em Angola”, disse a ministra de Estado, garantindo, ainda, a formação e consultoria jurídica gratuita a mulheres e famílias, especialmente em questões de violência doméstica e social.
“Especificamente, apoiamos programas de pobreza vinculados à família”, disse, sublinhando a longa guerra que o país viveu e as consequências na vida da população.
“Angola passou por uma longa guerra civil, as estradas foram destruídas e há, também, o problema de transportar produtos agrícolas por causa do isolamento”.
Em resposta a uma pergunta sobre as áreas rurais, Carolina Cerqueira disse que não estão esquecidas e falou do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), lançado em Setembro, no Moxico, e que abrange todos os municípios do país.
O plano inclui a construção de escolas, postos de saúde, esquadras policiais e outras estruturas básicas essenciais. A ideia, segundo a ministra de Estado, é fazer com que “a população das cidades distantes da capital possam beneficiar da mesma segurança, dos mesmos direitos que as das grandes cidades”.