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Ministro dos Transportes recusa comentar denúncia sobre alegado negócio lesivo ao Estado

Redacção_E&M
18/11/2021
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Foto:
DR

Ricardo D’Abreu escusou-se a dar explicações relativas a compra de dois edifícios para a instalação de serviços, que foram alvo de uma denúncia pública feita pelo jornalista Rafael Marques.

"Nós não temos que comentar aquilo que a imprensa ou alguma imprensa se refere em relação a alguns actos do Presidente da República, portanto, não temos nada a comentar sobre este assunto", disse o ministro dos Transportes, à margem de uma cerimónia, que teve lugar ontem, 17 de Novembro, no município do Soyo, província do Zaire, relativa ao lançamento do concurso internacional de concessão, construção, exploração e gestão comercial das Plataformas Logísticas do Soyo e do Luvo.

Segundo a agência portuguesa de notícias, em causa está a aquisição de dois prédios em Luanda, no valor de 114 milhões de dólares, autorizada mediante o despacho presidencial 159/21, para instalar serviços públicos do Ministério dos Transportes e da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola.

Na sequência do alegado negócio lesivo, de acordo com a Lusa, o ativista e jornalista Rafael Marques, que considera estar em causa um negócio potencialmente lesivo para o Estado, pediu à Procuradoria-Geral da República de Angola que investigue a aquisição que envolve a compra dos dois imóveis, um dos quais alegadamente pertencente a um amigo de Ricardo de Abreu.

Escreve a Lusa, questionado se recebeu alguma notificação da justiça angolana para responder sobre o assunto, o governante angolano disse que a justiça sabe fazer o seu trabalho.

"Os órgãos de justiça nacionais sabem o que têm de fazer e trabalhar dentro daquilo que são as normas em vigor no nosso país", referiu.

Na denúncia dirigida à PGR, a que a Lusa teve acesso, o activista e jornalista, que dirige o portal de denúncia Maka Angola, entende que está em causa um negócio potencialmente lesivo para o Estado angolano.

Entre os pontos em evidência estão a inadequabilidade de um dos edifícios para a função que se pretende, o valor "empolado e excessivo da compra e venda" e a amizade e relações de compadrio entre o ministro e o vendedor, Rui Óscar "Ruca" Ferreira Santos Van-Dúnem.