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Moçambique. Economia cresce com a exportação de gás natural

Redacção_E&M
13/2/2020
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Foto:
DR

A economia de Moçambique deverá evoluir a taxas positivas em termos de crescimento, que oscilarão entre 4,2% em 2020 e 9,9% em 2024, ano em que poderá exportar gás natural liquidificado.

A previsão foi recentemente torna público num relatório sobre o país produzido pela agência Economist Intelligence Unit (EIU), que salienta que em 2019 a economia terá crescido à taxa de 1,9%, devido aos efeitos conjugados dos dois ciclones que atingiram o país, Idai e Kenneth.

A contar da presente data, os anos deverão ser, segundo a EIU, citada pelo portal de notícias Macauhub, de crescimento económico mais acelerado, empurrado pelos investimentos que os grupos petrolíferos irão continuar a efectuar rumo ao início da exploração dos depósitos de nível mundial existentes em dois blocos da bacia do Rovuma, A1 e A4.

Neste sentido, o documento refere também que o défice da balança de transacções correntes aumentará este ano, bem como anos seguintes, tanto em resultado do aumento das importações a seguir aos ciclones e ao acréscimo de importação de bens de capital associados a exploração do gás natural, antes de começar a diminuir em 2024 à medida que se iniciarem as exportações do gás.

A agência especializada em analise de mercados recorda que Moçambique está praticamente afastado dos mercados de capitais na sequência da divulgação das dívidas ocultas, mas adianta que o acordo alcançado entre o governo e os credores da emissão de euro-obrigações da Empresa Moçambicana de Atum vão melhorar esse relacionamento.

Relacionamento que, no entanto, não regressará à anterior situação enquanto permaneceram por amortizar dois empréstimos contraídos com o aval do Estado por duas empresas públicas e que foram considerados ilegais por não respeitarem a legislação em vigor.

Assim, a Economist Intelligence Unit revela ter-se Moçambique situado em 120º lugar entre 167 países no que se refere ao Índice de Democracia, com 3,65 pontos de um máximo de 10, tendo perdido quatro lugares relativamente à classificação de 2018, em que o país obteve 3,85 pontos.

Apesar dos esforços que têm sido feito para melhor a imagem do país a nível internacional, Moçambique é classificado com um país com um regime autoritário, à semelhança de 2018 mas pior do que em 2017, em que o regime era classificado como híbrido, com 4,2 pontos.

A queda verificada no Índice de Democracia deve-se, segundo a EIU, à fraude generalizada e violência registada nas eleições presidenciais, legislativas e provinciais realizadas em Outubro de 2019 e um estado de conflito político e de segurança latente e por vezes declarado, conjugado com a crise das dívidas.