Moçambique registou uma inflação homóloga de 2,75% em Agosto de 2024, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, representando uma ligeira diminuição face aos 2,97% verificados em Julho, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país. Em termos mensais, o país registou uma deflação de 0,11% em Agosto, marcando a terceira desaceleração mensal consecutiva.
A queda mensal dos preços foi influenciada principalmente pela divisão de “Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas”, que contribuiu com cerca de 0,11 ponto percentual (p.p) negativos para a variação total, de acordo com o INE. Entre os produtos com maior redução de preços destacaram-se a cebola (-10,0%), o repolho (-10,6%), a alface (-7,4%), o tomate (-5,1%) e o peixe seco (-1,0%).
Por outro lado, alguns produtos contrariaram a tendência de queda, como o milho em grão (12,0%), o limão (48,6%) e o quiabo (6,7%), que contribuíram com cerca de 0,10 p.p positivo para a variação mensal.
Citado pelo Diário Económico (DE), o documento do INE refere que a inflação acumulada de Janeiro a Agosto de 2024 foi de 1,04%, sendo as divisões de “Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas” e “Restaurantes, Hotéis, Cafés e Similares” as que mais contribuíram para esta variação, com 0,40 e 0,21 p.p positivos, respectivamente.
Produtos como o peixe seco, refeições completas em restaurantes, feijão manteiga e açúcar castanho tiveram um impacto significativo na variação acumulada, contribuindo com cerca de 0,89 p.p positivos.
Em termos de variação por local de recolha, o documento citado pelo DE diz que apenas a cidade da Beira (0,28%) e a província de Inhambane (0,06%) registaram aumentos de preços em Agosto. As restantes cidades registaram quedas, sendo a maior observada na cidade de Xai-Xai (-0,30%), seguida da cidade de Nampula (-0,20%), e das cidades de Quelimane, Tete e Maputo (-0,18% cada).
A inflação homóloga, que compara Agosto de 2024 com o mesmo mês de 2023, indicou uma subida de preços de 2,75%. As divisões de “Educação” e “Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas” registaram as maiores variações anuais, com aumentos de 6,18% e 5,28%, respectivamente. A cidade de Quelimane registou a maior subida homóloga de preços com 5,34%, seguida pela cidade de Xai-Xai (3,82%) e pela cidade da Beira (3,33%).