O autor de "Soul Makossa" (1972) - um dos primeiros temas de afro-jazz conhecido mundialmente - morreu hoje de madrugada num hospital da região de Paris.
De acordo com a Angop, que cita a France Presse "as cerimónias fúnebres vão decorrer de forma restrita, em ambiente familiar, mas vai ser realizada uma homenagem assim que seja possível", refere a mensagem que acaba de ser publicada na página oficial do saxofonistana plataforma digital Facebook.
"Soul Makossa", o tema que tornou Manu Dibango mundialmente famoso era inicialmente o lado B de um single (45 rpm)que continha um hino de homenagem à equipa de futebol dos Camarões por ocasião da Copa Africana, em 1972.
Logo após a edição do primeiro trabalho, a música de Manu Dibango foi notada pelas estações de rádio de Nova Iorque.
Nos anos 1980 Manu Dibango acusou o norte-americano Michael Jackson (1958-2009) de lhe ter plagiado uma música que fazia parte do alinhamento do álbum "Thriller" tendo o saxofonista dos Camarões conseguido um acordo financeiro como forma de compensação de direitos de autor.
Manu Dibango já actuou em espectáculos em Angola por várias ocasiões. Em Dezembro de 2018, a convite do Presidente de Angola, João Lourenço, o saxofonista exibiu-se em dois concertos com o músico angolano Bonga.
Nascido a 12 de Dezembro de 1933 em Douala,nos Camarões, Manu Dibango foi um saxofonista e vibrafonista de jazz e afrobeat, que iniciou a carreira como membro do grupo congolês Africam Jazz.
Lançou o primeiro álbum a solo em 1972, iniciando uma carreira de grande sucesso. De destacar a influência na música “Wanna be Startin” de Michael Jackson, “Cowboys” dos The Tigres e “Don’t Stop the Music” de Rihanna. Em 2004, Manu Dibango foi denominado pela Unesco “Artista da Paz”.