A Nigéria foi classificada como o maior devedor da África e o terceiro país na lista da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) do Banco Mundial (BM), de acordo com o balanço financeiro da instituição bancária.
Citado pela Business Insider, o documento do BM diz que em Junho do ano corrente os empréstimos da Nigéria à IDA aumentaram significativamente em 14,4%, passando de 14,3 bilhões de dólares no ano fiscal de 2023 para 16,5 bilhões de dólares em 2024.
Além da Nigéria, mais cinco países africanos entram na lista dos 10 maiores devedores do mundo. A Etiópia, que contabiliza 12,2 bilhões de dólares em dívidas, ocupa a quinta posição do ranking, seguido de perto pelo Quénia com 12 bilhões de dólares em dívida. A oitava posição do ranking é ocupada pela Tanzânia, que contabiliza 11,7 bilhões em dívidas, seguida pelo Gana e o Uganda, com 6,7 bilhões de dólares e 4,8 bilhões de dívida, respectivamente.
A nível global, Bangladesh continua a ocupar o primeiro lugar no ranking dos maiores devedores da AID, com sua dívida a aumentar de 19,3 bilhões de dólares em 2023 para 20,5 bilhões de dólares em 2024. O Paquistão permanece em segundo lugar, mantendo uma exposição de 17,9 bilhões de dólares durante esse período. A Índia e o Vietname são os outros países que entram no ‘top 10’, com 15,9 bilhões de dólares e 12 bilhões de dólares em dívida, respectivamente.
Supervisionada por 173 nações accionistas, a IDA, que faz parte do Banco Mundial, visa reduzir a pobreza fornecendo empréstimos (chamados "créditos") e doações para programas que impulsionam o crescimento económico, reduzem as desigualdades e melhoram as condições de vida das pessoas.
Esses empréstimos, que aparecem com taxas de juros baixas e prazos de pagamento estendidos, visam estimular o desenvolvimento económico, abordar as desigualdades e melhorar os padrões de vida nas regiões em desenvolvimento.
De acordo com o balanço financeiro, o total de empréstimos pendentes da IDA saltou 10,8 bilhões de dólares, elevando o total para 198,5 bilhões de dólares, acima dos 187,7 bilhões de dólares do ano anterior.
Além disso, as despesas com subsídios de desenvolvimento subiram para 5,3 bilhões de dólares no FY24, em comparação com 3,9 bilhões de dólares no FY23, graças a mais subsídios condicionais sendo pagos à medida que os requisitos para esses foram atendidos.