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PATROCINADO

O alto custo de nascer em Angola

Ana Luisa Campos e Joaquina Dungue
2/6/2023
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Foto:
ISTOCKPHOTO

Éramos muitas mães a subir aqueles andares com os seus filhos no regaço, logo após dar à luz.

“Há 18 anos tive o meu filho no banco do hospital e de seguida tive que subir 6 andares a carregar o bebé e os meus pertences, o elevador estava avariado. Quando cheguei ao quarto, coloquei os meus lençóis no colchão sujo que lá estava, para poder deitar o bebé, e descansar um pouco. Acordei passados poucos minutos com ratazanas a roer o lençol e já bem perto de nós. Não dormi mais, passei o tempo todo a abanar a cama para que os roedores não viessem ter connosco. Não havia água na casa de banho, não tinha condições algumas. Roguei à minha mãe para que me tirasse de lá”. Este foi o relato de uma mãe que teve o seu filho na maior maternidade de Luanda. 

Foi há 18 anos. Deu dinheiro para ser melhor tratada. A mãe da parturiente deu dinheiro para poder entrar e assistir a sua filha, a partir desse dia também mãe. Na mochila da paciente, havia luvas, agulha, linha, tudo o que lhe haviam pedido para o parto. O parto correu bem, passados 18 anos o filho está firme e forte. A mãe relata a história, e ainda se vê nos olhos dela, a angústia que teve que engolir naqueles dias para se proteger.

Passados 18 anos, o que mudou? Que condições existem para nascer em Angola?

A revista Economia & Mercado foi a várias instituições e ouviu várias mães e profissionais de saúde. Existem histórias boas, assim como várias más. Focamo-nos essencialmente nos serviços públicos, tudo porque é lá que nasce a maioria da população. As fontes supraditas não vão ser identificadas em nenhum momento, aplicamos e respeitamos sempre o pedido de preservação de identidade.

Leia o artigo completo na edição de Junho da Economia & Mercado, brevemente numa banca perto de si!