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"O BAI doou um valor acima de 10 mil milhões de kwanzas para a gestão da Covid-19”

Cláudio Gomes
5/9/2022
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Foto:
Isidoro Suka

O director de Comunicação e Gestão da Marca do Banco Angolano de Investimentos (BAI) disse que a instituição investe na formação de quadros, bem-estar social, arte, cultura e desporto.

Em entrevista à Economia & Mercado, Fábio Correia disse que além dos mais de 10 mil milhões de Kz doados ao Ministério da Saúde para apoiar o combate a pandemia da Covid-19, o banco intervém na formação de quadros onde, através da Academia BAI, formou mais de 20.000 jovens desde a sua fundação (2012). A responsabilidade social é garantida pelo banco e pela Fundação BAI.

Como é que o banco olha para o cumprimento da Agenda 2030 relativa a ao desenvolvimento sustentável?

Conhecemos os 17 objectivos globais para o desenvolvimento sustentável adoptados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A nossa contribuição tem que ver com o nível dos financiamentos que fazemos aos nossos clientes e as iniciativas de responsabilidade social através de três entidades, bem como o apoio com donativos e outras acções nas áreas da saúde, bem-estar social, educação, arte e cultura e desporto. A formação é materializada, principalmente através da Academia BAI, que já formou mais de 20.000 jovens desde a sua constituição (2012). Esta é a nossa contribuição para os objectivos de que se referiu atrás (ONU).

Como é que o BAI se posiciona no exercício das políticas de responsabilidade social?

Desde a sua fundação, o Banco BAI investe nos domínios da responsabilidade social e da sustentabilidade. Prova disso é o relatório de impacto social que publicamos em 2020, que detalha e quantifica os apoios feitos desde 1996 até 2019. De lá para cá estruturamos três pilares, sendo a responsabilidade social no banco comercial; a constituição da Fundação BAI – que também é uma instituição do Grupo e que tem como objecto social trata da responsabilidade social – e por fim a Academia BAI que é responsável a nível da formação. Estes são os três instrumentos através dos quais implementamos as nossas políticas, através destas três entidades ou instrumentos.

Estas formações foram feitas no âmbito da responsabilidade social ou dentro do objecto social do ISAF?

O Instituto Superior de Administração e Finanças (ISAF) é outra instituição criada recentemente. Só o facto de ter uma instituição que dá formação já é um contributo de responsabilidade social, porque o banco não só contribuiu para a formação dos seus colaboradores, mas também para alargar o leque de opções formativas à sociedade. Além disto, em 2022, o banco deu 226 bolsas de mérito, livres de custos para quem beneficia. Referia-me aos mais de 20.000, onde se incluem estes, que beneficiaram-se por terem ali uma academia com professores, condições para poderem estudar.

A visão global sobre a sustentabilidade abarca questões de equidade, inclusão e da igualdade. Em que medida as acções do BAI observam estes preceitos?

A dimensão destas acções é nacional. Por exemplo, nas instalações do Morro Bento, não tem apenas salas de aulas. Tem também quartos onde professores nacionais e estrangeiros, bem como alunos de outras províncias, são alojados nas instalações da academia por ser mais barato e prático. Trabalhamos sempre para estes factores de inclusão que estão previstos nas nossas acções. Procuramos ser mais inclusivos possíveis.

O BAI está aberto a apoiar a integração de jovens recém-formados que procuram por uma oportunidade de estágios?

Sim. Todos os jovens de que me referi vão ter estágios a nível nacional. Aceitamos sim nas nossas agências. Temos também outros tipos de estágios, onde os interessados se candidatam e lá onde haver disponibilidade oferecemos a oportunidade de estagiar nas agências do banco, na Nossa Seguros, na Construtora Griner, na própria Academia BAI. Todo este grupo trabalha para ajudar as pessoas a criarem ferramentas que os impulsione a avançar. Os bons funcionários que gostam das suas profissões encontram sempre ajuda ao nível do Banco BAI.

O BAI chegou a financiou projectos de educação como a construção de escolas no interior das comunidades?

Sim. O projecto sobejamente conhecido é o da aldeia de Osivambi, comuna da Môngua, município do Kwanyama, a oito quilómetros da estrada internacional e 70 quilómetros da capital, Onjiva. Mas temos muitos outros projectos a nível da educação, não só de bolsas pela Academia BAI, mas também com pequenos apoios nos lares e instituições que apoiam crianças que crescem órfãos ou desfavorecidas. O nosso objectivo não é educação para a educação. É educação para a profissionalização. Por exemplo, em alusão ao mês da criança africana, o banco apoio, no período de 11 a 18 de Junho, no município do Cazenga, o torneio infantil de futebol denominado Taça Criança Africana com o BAI, que contou com a participação de 200 crianças desfavorecidas. Com certeza que não vamos deixar acontecer uma tragédia, mas em situação normal, preferimos dar ferramentas para a pessoa por si mesmo conseguirem desenvolver-se e desvencilharem as suas vidas, ao invés de apostar apenas no assistencialismo. Esta é nossa filosofia central.

Quais são os projectos notáveis a nível da saúde?

Também é uma área que temos apoiado ao longo dos últimos anos. Em 2020, tivemos a experiência da pandemia da Covid-19 que afectou toda a sociedade. Só para combater a pandemia, o banco doou um valor acima dos 10 mil milhões de kwanzas para o Ministério da Saúde, para a gestão da Covid-19. Além desta contribuição, o BAI Europa enviou para o respectivo ministério, 250 000 testes. Este foi o projecto com mais impacto. No final de 2021, por altura do nosso aniversário (14 de Novembro), parabenizamos 161 enfermeiros que tiveram na linha da frente durante o combate à pandemia. Atribuímos 100 000 Kz a cada um destes enfermeiros através do e-Kwanza, com transferências simples por telemóvel, que totalizou 16 000 000 de Kz. Temos uma parceria permanente com o Hospital Pediátrico David Bernardino e com o Hospital Geral de Luanda. Também patrocinamos a aquisição de um mamógrafo à Fundação Mulher, que foi alocado ao Hospital Geral de Luanda, situado no distrito urbano de Camama, município do Kilamba Kiaxi. Em 2021 fizemos também a entrega de um dosímetro e coletes contra a radiação. Todos os anos por altura do natal visitamos o hospital, entregamos bens que recolhemos nas diferentes áreas do banco.

No interior das comunidades recônditas, qual é a intervenção do BAI?

A nossa intervenção a nível da responsabilidade social tem que ver com a literacia financeira aplicada, onde desenvolvemos o programa denominado “Agente Bancário BAI”, que é um intermediário do banco. Por exemplo, lá, no interior do bairro, na comuna, no município, onde existe um espaço comercial como uma farmácia, uma casa de venda de telemóveis, que tenha condições de segurança mínimas, electricidade e água, o banco faz uma parceria para o gestor se tornar num representante do banco.

Leia mais sobre o programa agentes bancários BAI na edição de Outubro da Economia & Mercado.