Nos Estados Unidos e na Europa, os esforços para controlar o vírus através do lockdown são susceptíveis de conduzir ao maior declínio da actividade económica desde a Grande Depressão. África, não tendo sentido o impacto do vírus com a mesma magnitude, ressente-se economicamente e é a Ásia que parece estar a sair-se melhor. Pode estar ali o exemplo a seguir?
De acordo com dados do Banco Mundial relativos a 2019, a Ásia alberga 60% da população mundial e cerca de 35% das pessoas mais pobres do mundo. E as áreas emergentes, em especial a Índia e as nações do Sudeste Asiático, enfrentam riscos sem precedentes baseados numa equação de difícil solução e embora seja imperativo salvaguardar vidas humanas, o custo da subsistência também será, sem dúvida, significativo.
E as nações asiáticas, tal como outras, estão concentradas nesta dupla missão. Nestas fases iniciais, é difícil quantificar o impacto económico. Num artigo publicado recentemente pela consultora McKinsey sugere-se que, em alguns cenários prováveis, o PIB mundial real poderá diminuir 4,9% a 6,2% entre o quarto trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2020.
A este respeito, e olhando ao continente asiático, o último relatório do Banco Mundial traça um quadro verdadeiramente sombrio: no pior dos cenários, as economias da Ásia Oriental sofreriam uma contracção de 0,5%, o crescimento previsto da China abrandaria para 0,1% e 11 milhões de pessoas em toda a região seriam obrigadas a viver na pobreza. No entanto, enquanto região, a Ásia já passou por crises antes e delas saiu mais forte. Temos razões para acreditar que o pode fazer de novo. Num mundo pós-pandémico, poderão as nações e empresas da Ásia desempenhar um papel importante na definição do próximo normal?
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