Os valores atribuídos ao sector agrícola “são manifestamente insuficientes desde há muitos anos”, referiu Fernando Pacheco que falava em exclusivo a Economia e Mercado, citando as várias cimeiras realizadas em Lagos (1980), Maputo (2003) e Malabo (2014), nas quais os Chefes de Estado acordaram atribuir anualmente pelo menos 10% dos seus orçamentos de Estado ao desenvolvimento das respectivas agriculturas a fim de se eliminar a fome no continente.
O especialista, membro do Conselho Económico e Social, lamentou o facto de apesar dos vários acordos, serem poucos os países que têm cumprido. Pacheco reforçou que, no caso de Angola, de 2008 para cá, o mais próximo que se chegou, foi aos pouco mais de 4% do OGE, tendo 2018 sido o pior ano, quando se bateu no fundo, com 0,3%.