Os números fazem referencia as exportações realizadas durante o ano de 2020, e destaca países como Portugal, Espanha e Libano como os principais destinos.
De acordo com o Jornal de Angola, que cita o documento do Instituto Nacional do Café (INCA), o valor das remessas situou-se em 1,2 milhões de dólares.
A instituição considera também que os níveis de exportação continuam a ser bastante baixos, se comparados com a era colonial, entretanto, desde o ano de 2016, que se tem observado variações positivas atribuídas à entrada de novas áreas de produção.
Segundo o INCA, em Angola cultiva-se o café robusta e o arábica. Neste sentido, e com base ao ecossistema convencionou-se, localmente, diferenciar quatro tipos (ecótipos) de café robusta com atributos particulares. O café Amboim é produzido na província do Cuanza-Sul, o Ambriz (Uíge, Bengo e Malange), Cazengo (Cuanza-Norte e Bengo) e o Cabinda (Cabinda).
O café arábica é cultivado fundamentalmente nas província do Huambo, Benguela, Bié, Huíla, e Cuanza-Sul respectivamente.
O documento sublinha, ainda, que o INCA tem registadas 11 empresas cafeícolas, com destaque as fazendas Vissolela, Agrolider, MCA-Agro, Boa Esperança e a Topoagro. "O país vem registando, nos últimos anos, uma migração da área produtiva fruto da inserção de empresas particulares na produção de café”, apontou a fonte.
Quanto ao funcionamento das fábricas de transformação do café, salienta o INCA, grande parte das indústrias tinham dependência total do Estado, estando inoperantes.
"As fábricas que se encontram em funcionamento estão sob controlo particular e em número bastante reduzido”, informa o comunicado citado pelo Jornal de Angola.
Apesar do reduzido consumo interno, o café já é utilizado no país para a confecção de licores e existe uma empresa que está apostada na fabricação de produtos cosméticos.
Entre as grandes dificuldades para o fomento da produção, destaca-se o reduzido número de pessoas envolvidas no processo do cultivo, o que condiciona o aumento da produtividade e do rendimento, para além da desestruturação da cadeia de valor.
Para a próxima safra, e em função das condições favoráveis registadas e a entrada em vigor de novas áreas quer a nível das famílias produtoras assim como das empresas particulares perspectiva-se a produção de mais de seis mil toneladas.