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País exporta mais de 1,6 mil toneladas de café em 2020

Cláudio Gomes
12/4/2021
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Foto:
DR

Angola exportou um total de 1 662 toneladas, cerca de 27.701 sacos de 60 quilos de café verde, informa um documento do Instituto Nacional do Café (INCA) publicado recentemente.

Os números fazem referencia as exportações realizadas durante o ano de 2020, e destaca países como Portugal, Espanha e Libano como os principais destinos.

De acordo com o Jornal de Angola, que cita o documento do Instituto Nacional do Café (INCA), o valor das remessas situou-se em 1,2 milhões de dólares.

A instituição considera também que os níveis de exportação continuam a ser bastante baixos, se comparados com a era colonial, entretanto, desde o ano de 2016, que se tem observado variações positivas atribuídas à entrada de novas áreas de produção.

Segundo o INCA, em Angola cultiva-se o café robusta e o arábica. Neste sentido, e com base ao ecossistema convencionou-se, localmente, diferenciar quatro tipos (ecótipos) de café robusta com atributos particulares. O café Amboim é produzido na província do Cuanza-Sul, o Ambriz (Uíge, Bengo e Malange), Cazengo (Cuanza-Norte e Bengo) e o Cabinda (Cabinda).

O café arábica é cultivado fundamentalmente nas província do Huambo, Benguela, Bié, Huíla, e Cuanza-Sul respectivamente.

O documento sublinha, ainda, que o INCA tem registadas 11 empresas cafeícolas, com destaque as fazendas Vissolela, Agrolider, MCA-Agro, Boa Esperança e a Topoagro. "O país vem registando, nos últimos anos, uma migração da área produtiva fruto da inserção de empresas particulares na produção de café”, apontou a fonte.

Quanto ao funcionamento das fábricas de transformação do café, salienta o INCA, grande parte das indústrias tinham dependência total do Estado, estando inoperantes.

"As fábricas que se encontram em funcionamento estão sob controlo particular e em número bastante reduzido”, informa o comunicado citado pelo Jornal de Angola.
Apesar do reduzido consumo interno, o café já é utilizado no país para a confecção de licores e existe uma empresa que está apostada na fabricação de produtos cosméticos.

Entre as grandes dificuldades para o fomento da produção, destaca-se o reduzido número de pessoas envolvidas no processo do cultivo, o que condiciona o aumento da produtividade e do rendimento, para além da desestruturação da cadeia de valor.

Para a próxima safra, e em função das condições favoráveis registadas e a entrada em vigor de novas áreas quer a nível das famílias produtoras assim como das empresas particulares perspectiva-se a produção de mais de seis mil toneladas.