Ao debruçar-se sobre a doença, a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti referiu que esta é uma boa oportunidade de chamar a atenção para o impacto devastador que a doença tem nas famílias, nas comunidades e na sociedade.
A dirigente falava em alusão ao Dia Mundial de Luta contra o Paludismo, que se assinala no sábado, salientou que “numa altura em que o mundo trava uma guerra contra a covid-19, este evento permitirá igualmente destacar a importância de manter sistemas de saúde resilientes e de continuar a fornecer serviços de saúde essenciais aos utentes, mesmo em tempo de crise”.
A representante da autoridade mundial sanitária para África, recordou que o paludismo é uma doença que mata anualmente 400.000 pessoas em todo o mundo, das quais 94% das mortes ocorrem em África.
“As crianças com menos de cinco anos constituem o grupo mais vulnerável, uma vez que representam 67% dos óbitos. Esta situação continua alarmante e desigual”, afirmou Matshidiso Moeti.
No entanto, a diretora regional da OMS para a África reconheceu que “os países africanos desenvolveram grandes esforços para controlar a doença”, como o caso como da Argélia, que foi certificada como livre do paludismo em 2019.
Com efeito, a região africana da OMS registou 213 milhões de casos só em 2018, representando 93% dos casos recenseados no mundo inteiro.
Para este ano, o tema escolhido para assinalar o Dia Mundial de Luta contra o Paludismo – “Zero paludismo. Começa comigo” – fazendo referência a uma campanha no terreno lançada pela primeira vez no Senegal em 2014.
Segundo a OMS, a campanha pretende mobilizar todos os intervenientes envolvidos na luta contra o paludismo, desde os decisores políticos até ao sector privado e às comunidades afetadas.
Matshidiso Moeti recordou que, no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), os países comprometeram-se a erradicar a epidemia de paludismo até2030.