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Passivo do sector bancário ultrapassa os 14 mil milhões de kwanzas em 2019

Redacção_E&M
30/10/2020
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Foto:
DR

O passivo do sector bancário nacional rondou, em 2019, os 14,12 mil milhões de kwanzas, um aumento de 3,04 mil milhões de kwanzas, cerca de 27% em relação a 2018.

Os dados constam no inquérito sobre Capacidade e Inclusão Financeira promovido pelo Banco Mundial em parceria com o Banco Nacional e Angola (BNA), divulgados recentemente. De acordo com os dados, os números são influenciados  principalmente pelos depósitos a ordem dos 2,35 mil milhões de kwanzas (25%).

Neste sentido, os recursos de clientes e outros créditos continuam a ser a principal fonte de financiamento das instituições financeiras bancárias, com um peso de 83 por cento no total do passivo, que  corresponde a 11,77 mil milhões kwanzas, dos quais 53% representam depósitos a prazo.

Segundo a Angop, que cita o documento do Banco Mundial, estes depósitos à prazo aumentaram  em 1,64 mil milhões kwanzas, cerca de 35%, superior ao aumento de 735,14 mil milhões kwanzas, representando 16% dos depósitos à ordem.  

Em relação à actividade económica, conforme escreve a agência nacional de notícias, o sector bancário registou níveis mais elevados de depósitos nas áreas de particulares (30%), actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados a empresas (21,28% ), comércio grossista e de retalho (12% ) e outros serviços colectivos, sociais e pessoais (10%).

Até ao final de 2019, continua, o crédito bruto emitido pelo sector bancário ascendeu  a 4,76 mil milhões de kwanzas, um acréscimo de 18% face aos 4,16 mil milhões de kwanzas registados no ano anterior, resultante, essencialmente, do impacto da desvalorização da moeda nacional.

Em relação ao crédito emitido pelo sector institucional, a Angop salienta, citando o documento do BM, que o sector empresarial privado não financeiro recebeu 75%  do total da carteira, seguido do sector das pessoas físicas com 15%.

Conforme o resultado do inquérito, no  sector do comércio grossista e retalhista, os bancos angolanos emitiram crédito, principalmente, a empresas que se dedicavam a trabalhos de reparação (23% ), negócios individuais (15% ) e imobiliário (14 %).

Segundo o Banco Mundial, os activos do sistema bancário, no final de 2019,  foram avaliados em 15,76 bilhões, um aumento de 2,86 bilhões (22%) do  período homólogo (2018), influenciado, fundamentalmente, pelo aumento de 58% de investimentos em bancos e outras instituições de crédito.

Os activos denominados em moedas estrangeiras tiveram maior representatividade com a participação de 51% e um maior aumento de 1,78 bilhões (28,14%) em comparação com 1,08 bilhões (16%) de activos em moeda local, fruto da  forte depreciação da moeda nacional em relação à moeda estrangeira que ocorreu ao longo de 2019.