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Petróleo abre em queda de 28 por cento

Redacção_E&M
10/3/2020
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Foto:
DR

O barril de petróleo Brent abriu esta semana, no mercado internacional, a 31,49 dólares, uma perda de 28% face ao fecho da sessão de sexta-feira (45 dólares), a maior derrapagem dos últimos 30 anos.

A descida brusca do preço do petróleo nas principais bolsas mundiais tem lugar depois de a Arábia Saudita e a Rússia, os dois maiores exportadores do mundo, terem iniciado uma violenta “guerra” económica em torno da preciosa matéria-prima.

De acordo com o Jornal de Angola, desde Agosto de 1990 que não se verificava uma queda desta dimensão, quando rebentou a primeira Guerra do Golfo, levando o caos a todos os mercados bolsistas do mundo e o pânico aos corredores dos governos dos países exportadores de crude, especialmente aqueles com economias petro-dependentes, como é o caso de Angola.

Na sexta-feira, o Brent, escreve o Jornal de Angola na sua versão digital, fechou acima dos 45 dólares por barril, mas nesta segunda-feira (9), na abertura, o valor caiu de forma brutal para os 31,49, mais de 14 dólares, o que complica as contas do orçamento angolano para 2020.

O valor do barril fixa-se agora a 24 dólares abaixo do valor de referência usado pelo Executivo para elaborar o seu Orçamento Geral do Estado (OGE 2020).

A queda consecutiva do preço do crude nas principais bolsas mundiais, nas últimas semanas também é resultado do Coronavírus, epidemia que afecta a segunda maior economia do Mundo e também o maior consumidor de petróleo do mundo.

Com o alastramento do Coronavírus, epidemia que surgiu em Dezembro último, a China maior consumidor do petróleo do mundo registou uma quebra de 20%, ou seja três milhões de barris/dia, muito acima de 1,5 milhões do corte programado pela OPEP.

A propósito dessas oscilações para baixo do preço do petróleo no mercado internacional, a Unidade da Dívida e Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) estão a monitorar as projecções de venda de petróleo angolano.

De acordo com a ministra das Finanças, Vera Daves, no encontro do último final de semana com jornalistas, a Agência Nacional de petróleo e Gás está a trabalhar no levantamento desta informação, junto das empresas no terreno, para depois fornecer ao Executivo.