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Petróleo vai deixar de ser o principal motor do crescimento

Redacção_E&M
4/9/2019
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Foto:
DR

A consultora IHS Markit considerou, recentemente, em comunicado, que o sector do petróleo não vai conseguir continuar a ser o principal motor do crescimento económico a longo prazo em Angola.

A informação sobre tal comportamento na produção petrolífera nacional foi avançada pela Lusa, e retomada pela a Vivência Press, que citam um documento da consultora que baseia a sua analise na descida dos níveis médios de produção do crude.

“A IHS Markit assume que os níveis gerais de produção de petróleo não devem chegar ao objectivo de dois milhões de barris diários que o Governo tinha; ao invés, assumimos que a produção de petróleo em Angola vai continuar relativamente estagnada à voltados 1,5 milhões de barris no longo prazo, desde que alguns programas de expansão da capacidade petrolífera sejam implementados”, escrevem os analistas numa nota onde olham para a economia a longo prazo.

O documento da instituição especializada na analise do mercado petrolífero salienta que “os preços mais baixos do petróleo têm empurrado as companhias petrolíferas para adiarem ou mesmo cancelarem os seus planos de exploração de investimentos nas águas ultraprofundas, e por isso o Governo, em resposta, ofereceu inventivos fiscais e operacionais para manter a viabilidade dos projetos e proteger a futura produção de petróleo e gás”.

Nos últimos meses, refere a nota, as companhias petrolíferas têm feito um conjunto de anúncios de novas apostas, não só na área do petróleo, mas também no gás, na sequência da alteração das condições económicas, políticas e fiscais de operação no país. Porém, o Governo mantém a aposta na diversificação económica para evitar a dependência a este sector e a exposição às vulnerabilidades internacionais.

“A diversificação económica continuar necessária para alargar o potencial de crescimento económico, a tributação nacional e o perfil de receita fiscal em moeda estrangeira”, apontamos analistas, lembrando que o Plano Nacional de Desenvolvimento prevê uma quebra do Produto Interno Bruto petrolífero de 1,8% entre 2018 e 2022 e um crescimento da economia na ordem dos 3%, ao passo que o setor não petrolífero deverá registar um crescimento médio de 5,1% nestes anos, puxado pelas expansões de 9,8% da agricultura, 6% da manufatura e 3,8% na construção.