Não importa o ponto de partida dos produtos, Caxito, Moxico, Huambo, Uíge Huíla, apenas para citar estas províncias, com destino para Luanda, a realidade é a mesma. Em cada controlo, denunciam, os agentes da polícia cobram no mínimo 1000 kwanzas, não importa se o motorista apresente toda a documentação.
“Quando vêm um camião de mercadoria, os polícias da ordem pública saem da toca para levar o seu dinheiro, numa altura em que o Executivo fala da facilitação do escoamento dos produtos do campo”, desabafou, Manuel Gonçalves, motorista que há quatro anos transporta produtos do campo de Nambuangongo, província do Bengo, para Luanda.
Com a crise económica que diminuiu o poder de compra das famílias, muitas preferem ir aos mercados onde estes caminhões e carrinhas chegam com os produtos do campo, banana, feijão, abacaxi, mandioca e um pouco de tudo, onde encontram os preços dos referidos produtos mais baixos.
Entretanto, de acordo com Ernesto dos Santos, adjunto de um dos camiões que faz Huíla/ Luanda, devido a interferência da polícia que diminui os lucros dos camionistas, muitos estão a desistir de fazer viagens interprovinciais.
Recentemente o governo atribuiu, por via de concurso público, carrinhas destinadas ao escoamento de produtos do campo para os centros de consumo. António Nangelas, 18 anos, de camionagem, pensa que o processo pode fracassar se o comportamento da polícia não mudar.
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