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Proclamada em Luanda nova associação das agências de viagens

José Zangui
25/11/2020
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Foto:
DR

A AAVA que está publicada em Diário da República desde Maio e que já realiza actividades

Foi proclamada ontem, em Luanda, a Associação das Agências de Viagens de Angola (AAVA), organização que se propõe defender os interesses dos seus membros, num contexto económico que o presidente de direcção, Rui Nogueira, considerou de preocupante para o sector.

A entidade conta com 10 agências de viagens que antes integravam  a Associação das Agências de Viagens e Operadores Turísticos de Angola (AAVOTA) e não se reviam na sua actuação.

A AAVA, por sua vez,  propõe-se a ser um interlocutor válido do Estado e outras instituições, bem como dialogar com o legislador para que se encontrem soluções benéficas para os operadores alavancarem o turismo em Angola.
Entretanto, a legitimidade desta nova associação é questionada pelos entendidos em matérias de legislação da aviação, que não permite aos países ter duas associações interlocutoras.

Alguns participantes na cerimónia de apresentação da AAVA levantaram essa questão, entretanto Rui Nogueira disse ter conhecimento deste impedimento legal e que por isso mesmo a criação da AAVA levou tempo e até encontra dificuldade em abrir conta bancária.

Covid-19 ameaça sobrevivência das agências

Com país a receber poucos voos e sem horizonte de quando o cenário vai mudar, o presidente de direcção da AAVOTA, Rui Nogueira, disse, em declaração à E&M, que as agências estão a viver um momento de muita preocupação, estão a gastar dinheiro com o pessoal e instalações mas não têm lucros porque não há negócio.

Para não mandar o pessoal para o desemprego, algumas estão a negociar com os funcionários, reduzindo tempo de trabalho e salários. “As agências de viagens não receberam nenhum apoio do Estado até ao momento, apesar de terem mantido diálogo com a anterior ministra da Cultura, Turismo e Ambiente”, lamentou.