Segundo informou ontem, quarta-feira, 31 de Março, o secretário de Estado para o Planeamento, a nível nacional, o município da Baia Farta é o que mais beneficiou do financiamento no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).

De acordo com Milton Reis, em declarações à imprensa, foram concedidos créditos aos produtores da Baía Farta, por via de todos os instrumentos disponíveis no Prodesi, desde o “Alívio Económico” ao Programa de Apoio ao Crédito (PAC).

“Achamos que podemos contar com o município da Baía Farta para o mercado da produção nacional”, frisou, referindo, entretanto, a necessidade de apoiar questões como a organização das cooperativas, o registo no portal de produção e a formalização de pequenos produtores, sobretudo na comuna do Dombe Grande.

No seu entender, o município apresenta boas perspectivas, considerando o nível de produção constatado no “terreno”, tanto a nível agrícola, como dos sectores das pescas e do sal, contudo, referiu, Milton Reis, a ideia é trabalhar com os órgãos locais para que as cooperativas estejam formalizadas e possam beneficiar dos créditos do Prodesi.

Segundo a Angop, no decurso de 2020, a província de Benguela teve 46 projectos aprovados e financiados pelo Prodesi, no montante de 32 mil milhões e 283 milhões de kwanzas, com primazia para os sectores da indústria transformadora, agricultura, pesca marítima e aquicultura.

Já a nível nacional, de acordo com dados Ministério da Economia e Planeamento, citado pela agência nacional de notícias, o Prodesi aprovou 661 projectos em 2020, representando um potencial  de 54.241 postos de trabalho e um aumento do volume de negócios nas empresas na ordem dos 727 mil milhões de kwanzas.

Contudo, escreve, a província de Luanda é a que mais empregos gerou, com 23 mil, seguida por Benguela e Cabinda, cada uma com mais de cinco mil postos de trabalho cada.

Aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 169/18, de 20 de Julho, o PRODESI é um programa executivo para acelerar a diversificação da produção nacional e geração de riqueza, num conjunto de produções com maior potencial de geração de valor de exportação e substituição de importações.

Os sectores da Alimentação e Agro-indústria, Recursos Minerais, Petróleo e Gás Natural, Florestal, Têxteis, Vestuário e Calçado, Construção e Obras Públicas, Tecnologias de Informação e Telecomunicações, Saúde, Educação, Formação e Investigação Científica, Turismo e Lazer são considerados prioritários.