A cadeia cafeícola e a cultura do cacau, caju e da palmeira de dendém necessitam de mais de 150 milhões de dólares, para se aumentar e resgatar os níveis de produção que caracterizaram Angola no período colonial, segundo o diretor-geral do Instituto Nacional de Café (INCA), Bonifácio Francisco, em declarações a Angop.
De acordo com o responsável, por exemplo, os valores disponibilizados em 2020 foram insignificantes e irrisórios, que “não passaram dos 485 milhões de kwanzas, cuja aplicação esteve muito abaixo desse montante”.
Para Bonifácio Francisco, Angola apesar de já ter sido o terceiro maior produtor mundial de café em 1973, período em que atingiu cerca de 230 mil toneladas por ano, actualmente a produção do “bago vermelho” em Angola está irrisória e longe de alcançar lugares cimeiros em África, em particular, e no mundo, em geral, devido ao fraco investimento e “quase esquecimento” desse sector.
De acordo com o director, a título de exemplo, Angola registou-se, em 2018, a produção de 6.400 toneladas de Café Robusta, contra 4.245 produzidas em 2019, enquanto em 2020 a produção subiu para 5.570.
A par do Café Robusta, o sector registou a colheita de 110 toneladas de Café Arábica em 2018, 124 (em 2019) e 480 (em 2020).